CATÁSTROFE NO RS
VÍDEO: Morador de São Leopoldo relata drama de ter a casa invadida pela água da chuva
Em menos de um ano, esta é a segunda vez que enchente atinge casas do bairro Arroio da Manteiga
Última atualização: 02/05/2024 14:04
Menos de um ano depois de perder tudo o que tinha dentro de casa por causa do ciclone que atingiu o Estado, em junho de 2023, o fotógrafo Renato Silveira vive novamente o drama de ser vítima das chuvas no Vale do Sinos. Morador do bairro Arroio da Manteiga, em São Leopoldo, ele teve a residência invadida pela enchente na madrugada desta quinta-feira (2).
"Não conseguimos dormir. Por volta das 22 horas de quarta-feira a água estava no pátio. Uma da madrugada já havia entrado em casa e poucos minutos começamos a tirar tudo da tomada e a erguer os móveis para tentar salvar alguma coisa", recorda. Silveira, a esposa e as duas filhas deixaram a residência, que fica na Rua Adriano Machado de Andrade, e estão abrigados na casa de parentes, no mesmo bairro. Durante a manhã, Silveira esteve no local conferindo a situação.
"É muito triste passar por tudo isto novamente. Perdemos muitas coisas de novo. Há muito lixo espalhado por todos os lados", lamenta Silveira, que mora no endereço há oito anos. Segundo ele, os alagamentos são recentes no local, que fica próximo ao Arroio Cerquinha. "Tenho vizinhos que moram aqui há mais de 30 anos e relatam que nunca havia ocorrido algo parecido neste tempo todo. Desde o ano passado, pensamos em nos mudar daqui", desabafa.
Por medida de segurança, Semae desliga Casa de Bombas
Devido a rápida elevação do nível de água da vala interna localizada próximo ao Arroio Cerquinha, nas últimas 48 horas, onde fica umas das cinco unidades das Casas de Bombas administradas pelo Semae, na manhã desta quinta-feira (2), foi necessário o desligamento do bombeamento da água da vala para o arroio.
Segundo a autarquia, a medida foi necessária, pois a água chegou ao nível dos painéis elétricos, gerando risco de pane e até mesmo de morte para os operários da casa de bombas e comprometimento permanente dos equipamentos. Como medida paliativa, o Semae instalará a partir das 15 horas duas bombas móveis no local para auxiliar no escoamento da água para dentro do arroio. Assim que o nível da água baixar, as bombas serão reativadas.