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VÍDEO: Inauguração de ponte marca a retomada do trânsito entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul

"Ponte da Cooperação" foi construída pela comunidade após a enchente de maio ter comprometido as estruturas da ponte sobre o Rio Caí

Dário Gonçalves
Publicado em: 20/09/2024 às 19h:21 Última atualização: 20/09/2024 às 20h:12
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Nesta sexta-feira, dia 20 de setembro, feriado da Revolução Farroupilha, a “Ponte da Cooperação” foi oficialmente inaugurada, conectando as comunidades de Nova Petrópolis e Caxias do Sul. O evento, que começou às 14h com a concentração, e, embora simples, a cerimônia foi cercada de simbolismos e marcada pela presença de diversos grupos, incluindo ciclistas, cavaleiros, caminhoneiros, motociclistas, jipeiros e operadores de tratores.

Grupo de cavaleiros participaram da inauguração levando a bandeira do Rio Grande do Sul | abc+



Grupo de cavaleiros participaram da inauguração levando a bandeira do Rio Grande do Sul

Foto: Francis Jonas Limberger/Comunicação PMNP

Localizada na Vila Cristina, a ponte promete facilitar o deslocamento entre as duas cidades, com acesso direto de Caxias do Sul através de Sebastopol, a 1.500 metros, e de Nova Petrópolis, que pode ser alcançada pela estrada em direção a São José do Caí, a 700 metros à direita.

Representando a volta da conexão entre as cidades, uma família de cada município foi responsável por fazer o corte da fita inaugural. O primeiro a passar foi um cavaleiro, pilchado e carregando a bandeira do Rio Grande do Sul. E tradição que é tradição, tem que ser seguida à risca, e assim foi, com um cusco acompanhando a travessia. Então passaram representantes das comunidades, grupos de dança (um alemão e um italiano), entre outros, além de uma benção ecumênica.



União de esforços

A nova infraestrutura foi construída em resposta à interdição da ponte da BR-116, no quilômetro 174, que ocorreu em 12 de maio devido a danos causados por uma enchente. A ponte foi implodida em julho, e a falta de alternativas para motoristas resultou em dificuldades significativas na Região das Hortênsias e da Uva e do Vinho.



O nome Ponte da Cooperação não é por acaso. Ela assim foi chamada porque empresários vinculados à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Petrópolis, de Caxias do Sul e de Gramado tomaram a iniciativa de construir uma ponte provisória às margens do Rio Caí.

Entre eles, está Clóvis Schumann, proprietário de um hotel em Nova Petrópolis. Segundo ele, a abertura da ponte irá restabelecer a conexão entre as duas cidades, trazendo de volta a movimentação no comércio. “Nós fomos muito atingidos com a queda da ponte. Desde então, meu estabelecimento não passa de 37% de ocupação. Agora iremos retomar a conexão da região das Hortênsias e Vinhedos”, comenta.

A obra foi viabilizada por meio da campanha de arrecadação #ReConstruindo Conexões, que buscava R$ 1,2 milhão. Até o início de setembro, mais de R$ 930 mil foram arrecadados, permitindo o início da construção. “É uma ponte baixa, por isso pode, em eventuais chuvas mais fortes, o rio passar por cima. Mas o objetivo é diminuir o trajeto do desvio,” explicou o presidente da CDL Gramado, Tiago Martins.

Restrições

A travessia ocorrerá 24 horas por dia, em pista simples, com trânsito alternado, inclusive para ônibus e caminhões. Exceto aqueles muito pesados, acima de 40 toneladas. Na BR-116, no trecho que liga o Vale do Caí ao Centro de Nova Petrópolis, o trânsito está liberado para veículos leves, que transitam em meia pista e são controlados por semáforos.



Em paralelo à ponte temporária, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está trabalhando em uma estrutura definitiva sobre o Rio Caí, que deverá ser concluída ainda em 2024, no último mês do ano. O prazo inicial era fevereiro de 2025 mas, graças a uma adequação da programação da empresa contratada, os trabalhos foram otimizados. A nova ponte terá 180 metros de comprimento e 13 de largura, projetada para ser mais alta e robusta que a anterior.

Vale destacar que uma outra ponte provisória havia sido planejada, mas foi cancelada após danos causados por chuvas em junho, que comprometeram as cabeceiras da estrutura.

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