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HOMICÍDIO DE TRÂNSITO

VÍDEO: Idosa de 82 anos é atropelada na faixa de segurança e morre em Novo Hamburgo

Motorista foi liberada com o carro pela Brigada Militar, na manhã desta sexta-feira, e Polícia Civil só ficou sabendo do caso quando a pedestre morreu, à noite

Publicado em: 26/05/2023 às 23h:57 Última atualização: 26/03/2024 às 16h:14
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Maria de Lourdes Flech, 82 anos, esperou quase um minuto para atravessar a faixa de segurança, porque nenhum carro parava. Quando o fluxo de veículos diminuiu, resolveu ir. Ainda no meio da linha de pedestre, foi violentamente atingida por uma Chevrolet Tracker e socorrida por ambulância do Samu ao Hospital Municipal. A motorista foi liberada com o automóvel pela Brigada Militar. Maria morreu oito horas depois.

Câmera flagra atropelamento da idosa na faixa de segurança da Avenida Victor Hugo Kunz



Câmera flagra atropelamento da idosa na faixa de segurança da Avenida Victor Hugo Kunz

Foto: Reprodução

Segundo a BM, o atropelamento aconteceu por volta das 10h30 desta sexta-feira (26) na Avenida Victor Hugo Kunz, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no sentido Centro-bairro. Uma câmera flagrou. Mostra quando a Tracker colhe a idosa na faixa de segurança e a arremessa por alguns metros. A condutora desce e vai até a vítima. Quando a BM chegou, Maria já tinha sido levada para a emergência. A corporação fez um termo circunstanciado (TC), como é chamado o registro de ocorrência para fato de menor gravidade.

Sem perícia

A morte de Maria se dá por volta das 18h30. Quando familiares vão à delegacia para comunicar o óbito, os policiais civis de plantão não têm qualquer informação sobre o acidente, porque um TC demora dias para entrar no sistema integrado. Não foi feita perícia no local, segundo a Brigada, porque o local já estava desfeito. A corporação não disse se fez teste do etilômetro na motorista, cujo nome e idade não foram informados. O caso será investigado pela 3ª Delegacia de Polícia, que deve pedir busca e apreensão do veículo para perícia.

Delegada questiona atendimento da ocorrência

Segundo a delegada plantonista Marjani Simch, o ideal é que o fato, até então qualificado como acidente com lesões corporais, fosse registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). “Normalmente, esses casos de lesão corporal são apresentados na delegacia e a gente apreende o veículo para a perícia. Desta vez não foi feito. Ficamos sabendo pelos familiares da vítima.” Agora a Polícia está diante de um homicídio de trânsito.

Para a Brigada, não era caso de apreensão

Conforme a Brigada, a apreensão não era necessária, reiterando que o local já tinha sido desfeito e que não havia morte no momento. Além disso, de acordo com a corporação, “a vítima possuía apenas escoriações no joelho direito e estava consciente”. Outro ponto, segundo a BM, é que a Tracker não tinha problema de documentação ou rodagem.

Motorista alega que não viu a vítima

A condutora da Tracker relatou, segundo a BM, que não avistou a pedestre. Alegou que transitava em baixa velocidade e que teve tempo de frear. Também disse que parou imediatamente e prestou os primeiros socorros, chamando o Samu e a BM.

Veja o vídeo:

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