Uma família da Rua Potiguara, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, viveu momentos tensos no final da noite de terça-feira. Eles ainda estavam acordados quando a parede da cozinha caiu e a peça da casa foi invadida pela água da tempestade.
O coordenador da Defesa Civil (DC) de Novo Hamburgo, tenente Claudiomiro da Fonseca, informa que, hoje (17), à tarde, a família receberá o auto de interdição.
A dona de casa Jurema Silveira Vargas, 62 anos, seu marido, o industriário Osmarino Vargas da Silva, 65, e o neto do casal, o estudante Yuri Matheus da Silveira Vargas, 11 anos, dormiram na casa de parentes e terão que deixar a casa que está interditada.
Na manhã desta quarta-feira (17), a família retornou ao local para ainda recolher alguns pertences, especialmente roupas já que terão que dormir novamente fora da casa.
“Deu aquele barulhão. Eu não sabia onde é que era. Daí eu disse ‘meu Deus, sai daí Yuri e logo o armário caiu e fechou parte da cozinha”, relembrou Jurema, ainda abalada, lamentando ter que sair de casa, onde mora há mais de 40 anos.
Ela contou que a parede desabou com a força da água, deixando rastros por onde passou. Do interior da casa dá para ver o corredor que leva à casa de vizinhos.
A lama está ainda pelo chão. Tijolos e madeiras da casa foram arrastados. A água deixou marca até a metade da parede de azulejos. Móveis da cozinha foram parar na área.
“Desabou a parede e levou móveis e quebrou tudo. Móvel, panela, tudo, tudo, a água levou tudo e foi parar tudo na área”, comentou a idosa, que não conseguiu dormir à noite e precisou tomar remédios para depressão.
Neto pensou que era o barulho do gato e rato
O neto do casal, o estudante Yuri, conta que estava sentado ao lado da parede. “Eu ouvi aquele barulho. Eu pensei que era gato e rato correndo no telhado, mas daí vi que o Pipoca estava ali. Eu saí correndo e a parede caiu do lado. Se eu tivesse ficado ali, seria atingido”, relembra o menino.
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