Uma simulação realizada pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) sugere uma possível causa para o aparecimento de luzes no céu da região Sul do Brasil. Em Porto Alegre, nos últimos dias pilotos de aviões relatam ter avistado “objetos” no céu. O mistério tem intrigado a população e registros de luzes em várias cidades gaúchas estão sendo compartilhados nas redes sociais.
Foto: YouTube/Reprodução
De acordo com o diretor técnico da Bramon, Marcelo Zurita, o aparecimento dessas luzes está relacionado com a inclinação da Terra e pode acontecer por um período determinado. “A tendência daqui para frente é, inclusive, eles ficarem mais comuns nos próximos dias”, afirma o diretor técnico.
No vídeo divulgado pela Bramon, Zurita usa um globo terrestre, um laser e um espelho para simular a Terra, o Sol e satélites. No início, ele explica que o eixo do globo está com a inclinação da Terra na atual época do ano, na qual a região Sul está posicionada no horário em que geralmente esses registros acontecem, por volta das 23 horas.
Ao ligar o laser, que representa a luz solar, o espelho que retrata a posição de satélites mostra o efeito que estaria causando o fenômeno que tem intrigado o Estado. “Esse tipo de avistamento passou a ser chamado de fenômeno porque nem sempre se tratam de objetos. Às vezes, são fenômenos atmosféricos. Mas, nesse caso que estamos explicando, estamos afirmando já que se tratam de objetos mesmo. Os satélites que estão refletindo a luz do sol”, explica Zurita.
A Bramon enfatiza que o experimento não explica todos os avistamentos, mas “que ao menos traz uma ‘luz’ do que pode estar provocando esses analisados” pela entidade e, “talvez, grande parte dos outros”.
O professor de Taquara Carlos Fernando Jung, diretor técnico da Bramon, concorda que a principal hipótese seja fonte de luz de satélites “que se deslocam em órbita baixa”. Jung ainda explica que “um dos possíveis satélites que podem estar sendo avistados são o Starlinks da nova geração V1.5 lançados há pouco tempo. Estes novos modelos podem refletir muito mais a luz solar.”
No entanto, o professor reforça que a situação é analisada com base em dados científicos e imparcialidade com o intuito de determinar a origem das luzes que têm trazido à tona especulações sobre contatos extraterrestres. “Não se descarta nenhuma hipótese até o momento, nem mesmo de possíveis objetos de natureza não terrestre”, comenta Jung.
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