O penúltimo dia de Expointer, em Esteio, foi marcado pela grande movimentação do público. Com o sábado (31) de sol, milhares de visitantes se dirigiram a 47ª edição da feira. No início da manhã, a bilheteria do parque registrou longas filas, assim como a BR-116, que contou com alguns quilômetros de congestionamento. Além da exposição de animais, agricultura familiar e programação para toda a família, uma das atrações deste sábado foram as provas demonstrativas dos cães de pastoreio.
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Os doze animais participaram de uma simulação de trabalhos de campo, através dos comandos por voz e apito. De acordo com o presidente da Associação Border Collie Mercosul (ABCM), que existe há cerca de três anos, Anderson Pacheco, a raça, que veio para o Brasil há 30 anos, é utilizada no manejo de rebanhos em fazendas.
“Esses cães são selecionados geneticamente. O treinamento deles começa na base de um ano de idade e pode levar de seis a oito meses”, explica Pacheco. Conforme o presidente, os cães aprendem comandos tanto em português como inglês.
“O treinamento serve para conseguirmos auxiliar o cão no manejo do rebanho. Para ele circular pela direita e esquerda, e conseguir dar uma direção para o rebanho no trabalho das fazendas. Com o treinamento e a capacidade que eles tem, tanto por comando de voz como por apito, conseguimos trabalhar longas distância, como mil metros, e ele se torna muito efetivo no manejo de rebanhos”, destaca Pacheco.
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Os cães são guiados pelos apitos de seus tutores e se movimentam atrás de um grupo de ovelhas. O objetivo é ultrapassar determinados obstáculos, guiando o rebanho por meio de porteiras ou apartando um animal do restante do bando. Sem latir ou encostar nas ovelhas, é através do olhar e da movimentação que os cães conseguem fazer com que elas percorram o caminho desejado.
O presidente ressalta que o cão de rebanho precisa ser da raça Border Collie, pois ele já traz consigo o instinto de caça. “Pegamos esse instinto e moldamos com as características que a gente gostaria, que seria somente para circular o rebanho, e não agredir. Como trabalhamos com o bem estar animal, principalmente dos rebanhos, nós não queremos um cachorro que morda o rebanho, que estresse o rebanho”, afirma Pacheco.
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