ACIDENTE DE TRABALHO
"Vi minha filha morrer nos meus braços": Jovem que morreu presa em esteira trabalhava com familiares
Mãe da jovem conta como foram os últimos momentos da filha, de 25 anos; acidente de trabalho aconteceu em serraria de São Francisco de Paula
Última atualização: 24/07/2024 15:52
A mãe da jovem que morreu ao ter a roupa enganchada em uma esteira durante o trabalho conta como foi o acidente em uma serraria da Serra gaúcha.
Sirlei Aquis, explica que a filha, Paola Carolina Aquis Santos, trabalhava há mais de um ano na empresa de São Francisco de Paula, perto da RS-020, onde a tragédia aconteceu no último dia 22.
Paola, que tinha um filho prestes a completar três anos, foi sepultada no dia 23.
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Segundo a mãe da vítima, esta era a segunda passagem dela pela empresa. "As duas vezes que ela assinou a carteira de trabalho foi nessa empresa. Isso é muito triste", relembra Sirlei.
Além de Paola, a mãe, os irmãos e outros familiares também trabalham no estabelecimento e, infelizmente, presenciaram o acidente.
"A gente trabalha, bem dizer, a família toda ali, eu mesma estou há mais de 6 anos. Eu, minha nora e meu filho do meio trabalhávamos no mesmo setor que ela. E quem desligou o botão da máquina fui eu. Eu vi a minha filha morrer nos meus braços, eu tentei ainda ajudar ela", lamenta.
Na máquina, a madeira era colocada e encaminhada para outra máquina, que fazia o corte. "Não tem explicação, era a hora dela. Só penso que Deus queria levar ela", diz Sirlei.
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Investigação
O local do acidente passou por análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Uma investigação da Polícia Civil foi aberta para apurar a ocorrência, assim como as medidas de segurança.
Na última terça-feira, o delegado titular de Taquara, Valeriano Garcia Neto, que responde temporariamente pela Delegacia de Polícia de São Francisco de Paula, disse que testemunhas e o proprietário da serraria ainda seriam ouvidos. Isso porque, durante a tarde de segunda-feira, a prioridade foi a realização da análise do local e da retirada do corpo.
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A reportagem tentou contato com a empresa Rauber & Cesa, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.