POLÍTICA
Vereador de Sapiranga é encaminhado para delegacia após confusão com pessoa transexual; entenda
Fato aconteceu durante a sessão plenária desta terça-feira (5) na Câmara de Vereadores
Última atualização: 05/12/2023 23:30
A sessão desta terça-feira (5) na Câmara de Vereadores de Sapiranga precisou ser interrompida após uma confusão envolvendo o vereador Adroaldo Machado (MDB), o Ado. O desentendimento aconteceu durante a votação da decisão da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, sobre o afastamento do político, denunciado em setembro. Conforme testemunhas, o parlamentar teria agredido uma pessoa transexual no plenário do Legislativo.
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A Brigada Militar (BM) foi acionada e ao chegar ao local presenciou o tumulto entre o vereador e um grupo de pessoas transexuais que acompanhavam sessão. Segundo a BM, Machado foi encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo (DPPA), onde precisou prestar depoimento. Ele é suspeito de cometer o crime de transfobia.
O delegado plantonista da Polícia Civil não atendeu às ligações. A BM não especificou se a violência foi física ou verbal. Machado divulgou em suas redes sociais o momento em que era conduzido à DPPA pela BM. "Vamos ver lá o que eles querem."
O advogado de defesa, em vídeo ao lado do vereador, classificou o episódio como um "incidente" e explicou que foi até a delegacia para prestar esclarecimentos. O político foi liberado na sequência.
Entenda
A confusão aconteceu durante a discussão e votação do decreto legislativo que determinava o afastamento do vereador do exercício do mandato por 15 dias, em razão de transfobia que teria sido praticada pelo parlamentar em um vídeo publicado em suas redes socais em agosto. Durante sua fala, antes da votação, houve desentendimento com pessoas que acompanhavam a sessão, que foi suspensa por cerca de 10 minutos. No retorno da transmissão online, é possível perceber a presença de policiais militares no plenário.
A denúncia apurada na Câmara, conforme explanado na sessão desta tarde, foi recebida no Legislativo no dia 1º de setembro e coube à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar avaliar o caso, sugerindo, no relatório final, a suspensão. O projeto foi votado e aprovado por 9 votos favoráveis e um contrário. Alguns instantes após a votação, o vereador deixa a sessão, que seguiu normalmente e foi encerrada três minutos depois.