Um grupo de venezuelanos que vive em Esteio realizou um manifesto na tarde de sábado (3) contra a eleição de Nicolás Maduro, em seu país natal. Maduro, que está no cargo de presidente da Venezuela há 11 anos, foi considerado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) vencedor do pleito de 2024 no último dia 29 de julho. O órgão responsável pelas eleições no país é presidido por um aliado de Maduro.
O manifesto pacífico foi realizado em frente à Prefeitura e contou com a presença do prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal. Em sua fala, Pascoal destacou a presença dos imigrantes e refugiados na cidade. O primeiro grupo de venezuelanos chegou a Esteio no dia 5 de setembro de 2018, formado por 125 homens.
“Temos hoje uma comunidade com mais de mil venezuelanos no nosso município e somos muito felizes de ter vocês aqui. Mas gostaríamos que vocês tivessem escolhido vir para cá e não que tivessem que ter se refugiado em um outro país por conta da situação do país de vocês”, disse Pascoal.
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“Que os próximos que venham pra cá, possam vir com a liberdade de escolha e que cada um de nós possa, dentro de suas limitações, dar a contribuição para que a Venezuela possa voltar a ser um país livre e próspero como já foi há algumas décadas atrás”, completou.
Pascoal ainda comentou o resultado das eleições venezuelanas. “O que a gente viu há alguns dias atrás foi uma das mais descaradas fraudes já feitas na história. O povo conseguiu se manifestar, há uma série de provas contundentes que mostram qual foi a escolha do povo venezuelano, que quer ser governado pelo Edmundo (González, candidato da oposição a Maduro) pela Maria Corina (Machado, vice de Edmundo), por um grupo de pessoas que quer voltar a colocar a Venezuela num cenário internacional, se relacionando de forma livre, soberana e democrática com o resto do mundo”, frisou.
Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números do CNE. No entanto, segundo contagem paralela da oposição, González venceu com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
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