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Vencedora do South Summit viu no lixo a oportunidade de criar um negócio inovador

Empresa de Porto Alegre, com atuação no Vale do Sinos, pretende expandir os negócios através de novos parceiros

Publicado em: 09/04/2023 10:45
Última atualização: 04/03/2024 11:02

A Trashin, empresa de Porto Alegre com forte atuação no Vale do Sinos, foi uma das vencedoras da principal competição do South Summit Brazil. O evento que é um dos maiores de inovação do mundo ocorreu no final de março. Ela venceu na categoria melhor time e ficou na mira de investidores.

Agora, a empresa que atua na área de gerenciamento de resíduos pretende expandir os negócios e ampliar suas parcerias. São 50 pessoas atuando na equipe de forma direta e mais de 2 mil pessoas envolvidas, contando parceiros no projeto como membros de cooperativas, motoristas e autônomos. Entre os clientes da empresa estão Unimed, Ticket Log e SAP.

Espaço de reciclagem no bairro Humaitá, na capital Foto: Divulgação

O nome vem de "trash", que quer dizer lixo e é exatamente o "produto" da empresa que atua na área de sustentabilidade. A triagem dos resíduos é feita em uma central, no bairro Humaitá, na capital.

A ideia de gerenciamento de resíduos surgiu em 2012, quando dois dos sócios Sérgio Finger e Gustavo Finger participaram de um hackathon em que o desafio era criar um site em 24 horas com o tema sustentabilidade. "Foi quando desenvolveram a ideia da Trashin. De as pessoas levarem o lixo até um ponto de entrega voluntário e a partir do trash, do lixo, conseguiriam moedas no ambiente virtual que resultariam em descontos na loja on-line", explica Rafael Dutra, sócio da empresa ao lado ainda de Renan Vargas e Daniel Peterson.

Ainda segundo Dutra, a ideia foi adiante apenas em 2019. "Ficou guardada até 2019, quando participamos do programa de aceleração no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFSul), começamos a ver que as pessoas enxergavam valor nesta solução que é diferenciada por atender um problema global", completa.

Caminho do lixo

Na prática, o que a Trashin faz é o gerenciamento do lixo, ou seja, a rastreabilidade do caminho do lixo. "Entender desde a concepção deste usuário que vai descartar o resíduo, se é de maneira correta, como sinalizar e obter maior índice de aproveitamento lá na ponta. Entender depois como será coletado, transportado, como será destinado para cadeia de reciclagem e no que será transformado. A partir daí, buscar toda a rastreabilidade para juntar, botar em suporte, no sistema, para que cada vez mais se tenha sinergia", detalha Dutra.

Retorno financeiro

Fazem parte da cadeia ESG também a governança e a viabilidade financeira. "O que não quer dizer que se consiga extrair dinheiro do lixo. Muitas vezes se tem toda uma cadeia de reciclagem que tem que ser reestruturada e resíduo não paga conta. O que fazemos é reestruturar ações para que o investimento seja o menor possível e o retorno financeiro muitas vezes vem com a visibilidade. Pode ser, por exemplo, o número de clientes que retorna a partir de uma ação de marca neste sentido", avalia Dutra.

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