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EM ESTÂNCIA VELHA

"Veio a contração e ela saiu": Pai conta como foi o parto da filha no banheiro

Menina chegou ao mundo cerca de duas horas depois de mãe entrar em trabalho de parto na última quarta-feira

Eduardo Amaral
Publicado em: 28/04/2023 às 16h:00 Última atualização: 05/03/2024 às 07h:51
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Quando decidiram que estava na hora de ter um filho, um casal do Vale do Sinos não esperava que o parto seria tão surpreendente. Jéssika Luisa Moreira de Oliveira, 23 anos, e Richard Bruno da Silva, 31, são os pais de Flora Moreira da Silva, a bebê que nasceu no banheiro de casa na quarta-feira (26) em Estância Velha.

Durante as 39 semanas e quatro dias de gestação, o casal se preparou para que a chegada da filha acontecesse em no Hospital Centenário de São Leopoldo, com toda a estrutura médica necessária. “A gente achava que estava superarrasando com essa preparação, mas no final, a gente não usou nada”, resume Richard, agora aliviado pela chegada saudável da filha.

Na primeira foto está mãe e filha logo após o parto



Na primeira foto está mãe e filha logo após o parto

Foto: Arquivo pessoal

Jéssika começou a sentir os primeiros sinais do trabalho de parto por volta das 7 horas da manhã de quarta. Como os primeiros sintomas eram leves, o casal achou que teria tempo suficiente para todo procedimento, mas o nascimento da filha aconteceu muito rápido.

Flora veio ao mundo às 9h34, tendo sido amparada pela própria mãe no momento do nascimento. “O protagonismo foi totalmente da minha esposa, que fez tudo sozinha”, resume Richard, que no momento do parto diz ter apenas conseguido segurar a mão da esposa.

Surpresa para todos

Para garantir um parto tranquilo, o casal optou pela contratação de uma doula, profissional que ampara as gestantes antes, durante e após o nascimento do bebê. A escolhida foi Patricia Girotto Torman, 41 anos, que há sete anos desempenha a função e mesmo assim foi surpreendida. “Acho que foi o parto mais rápido que já atendi até hoje.”


Richard, Jéssika e a doula Patricia



Richard, Jéssika e a doula Patricia

Foto: Arquivo pessoal


A combinação entre a doula e o casal era que ela seria chamada no momento em que as contrações ficassem mais fortes. Jéssika chegaria ao hospital na chamada fase ativa do parto.

Patricia foi acionada às 8h40 e demorou cerca de 15 minutos para chegar à residência do casal. Logo, percebeu que não haveria tempo de ir até a casa de saúde, como planejado durante a gestação.

Richard lembra que a doula viu que a cabeça da bebê já era visível e pediu que ele ligasse ao Corpo de Bombeiros. “Eu vi no celular, eu liguei às 9h32, eles chegaram super rápido. Era 9h36, mas a Flora nasceu às 9h32”, relembra.

Coube à Jéssika aparar a filha. “Quando a cabeça da bebê começou a sair, a Jéssika colocou a mão e segurou a cabecinha dela. Veio a contração e ela saiu inteira, muito rápido, em questão de segundos”, lembra Richard.

 

Risos após o susto

Há dois anos, o casal havia perdido um bebê. Em razão disso, a preocupação com a saúde da filha aumentava, o que manteve Richard paralisado assim que Flora nasceu. Para o alívio de ambos, a filha chegou ao mundo saudável, com 3,280 quilos e 50 centímetros.

Como entraram no local logo após o nascimento, os Bombeiros de Estância Velha imediatamente colocaram cobertores térmicos sobre a criança e a mãe. Antes deles, a doula havia coberto ambas com toalhas e uma touca para Flora.

As duas foram então encaminhadas para o Hospital Municipal Getúlio Vargas, onde foi feito o corte do cordão umbilical e os primeiros procedimentos. Após, mãe e filha foram encaminhadas ao Centenário, onde passaram por exames. Elas receberam alta às 15 horas desta sexta-feira (28).

Passado o susto inicial, Richard diz que ele e a esposa conseguiram rir da situação. “Aquele riso bobo de quem vê uma criança fazendo arte.”

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