Araricá enfrenta sérios problemas de abastecimento de água neste sábado (10). Conforme a Araricá Saneamento, devido a vazamento interno identificado em uma residência, os níveis dos reservatórios “reduziram significativamente”.
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Por conta disso, um caminhão-pipa é utilizado pela concessionária de forma emergencial para trazer água para o sistema, devido à baixa vazão dos poços em consequência do alto consumo e vazamento encontrado. A empresa pede que a população tenha consumo consciente para evitar a interrupção do serviço.
No entanto, a situação de desabastecimento de Araricá é anterior à situação de hoje.
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Na sexta (9), a empresa informou que recolheria ao menos 130 faturas que tiveram valores errados impressos. O valor de R$ 31,50 passará para R$ 6,56. “Em caráter excepcional, novas faturas serão geradas com desconto para as unidades que recebem menor tempo de abastecimento de água”, informou por nota.
A determinação de redução no valor, que chegou quase 80% do valor da conta, é da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Agesan). Segundo diretor do órgão, Demétrius Gonzalez, foi determinado que o valor do serviço básico seja proporcional às horas em que é disponibilizado a água. “A informação que temos pela concessionária é que não está conseguindo fornecer água 24 horas por dia, por falta de água nos poços e a necessidade de novos sistemas de captação”, diz Gonzalez.
Por isso, a Agesan solicitou o cálculo das horas em que a empresa fornece água e a proporcionalidade no serviço básico.
Nesta semana, o prefeito de Araricá, Flávio Foss, divulgou nota em que afirma ter a possibilidade de rompimento com a Araricá Saneamento porque não é cumprido o plano de investimento. A empresa garantiu que tem compromisso de cumprir o contrato, afirmando que já realizou R$ 5 milhões em investimentos. No final de março de 2023, Araricá se tornou a primeira cidade do Estado a conceder o serviço de saneamento à iniciativa privada, por R$ 32 milhões para um período de 35 anos.
O problema da falta de água e a cobrança pelo serviço de saneamento também foi parar na Justiça, por meio de ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado, pedindo a suspensão da cobrança até que o abastecimento da cidade esteja implementado em 100%. O processo aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Estado.
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