abc+

DESINFORMAÇÃO

Prefeitura e governo federal desmentem boato de que doações estariam retidas em Lajeado até a chegada de Lula

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou ter acionado a PF e a AGU, para que autora de alegação falsa em vídeo seja responsabilizada

Joyce Heurich
Publicado em: 11/09/2023 às 12h:28 Última atualização: 12/09/2023 às 15h:51
Publicidade

A Prefeitura de Lajeado e o governo federal desmentiram neste domingo (10) o conteúdo de um vídeo que circula nas redes sociais, em que uma mulher alega que as doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, concentradas no Centro de Distribuição da cidade do Vale do Taquari, estariam sendo retidas até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegasse à região.

Governos desmentem boato de que doações estariam retidas em Lajeado até a chegada de Lula | Jornal NH



Governos desmentem boato de que doações estariam retidas em Lajeado até a chegada de Lula

Foto: Reprodução

“Recebemos a informação de que não vão ser liberados alimentos para fazer doação, esses trabalhos que os voluntários estão fazendo, porque eles têm que aguardar o presidente Lula chegar em Lajeado para fazer foto e vídeo e publicação em cima das doações. Então, assim, o que é a política, né?!”, diz a mulher no vídeo.

O conteúdo viralizou e chegou a ser encaminhado ao Jornal NH por uma leitora, que questionava se a informação era verdadeira. Não é. Nota divulgada pela prefeitura informa que “não houve suspensão de entrega de doações, conforme informações inverídicas que circulam em vídeo”. “As doações continuam sendo recebidas e entregues a quem está cadastrado.” Também não há registro de relatos de outros voluntários a respeito da suposta retenção.

No domingo (10), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, esteve na região afetada, com uma comitiva do governo federal. Já o presidente Lula estava em missão na Índia e sequer tem previsão de visitar o Estado. 

Ainda na noite de ontem, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, classificou a atitude como “criminosa”. Conforme o ministro, a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) foram acionadas para investigar o caso. Ele diz que a mulher que gravou o vídeo com desinformação já foi identificada e será responsabilizada.

Mulher se retrata

Na gravação, feita dentro de um carro, a mulher usa um crachá em que é possível ler “UPA”. Ela se apresenta como “Samara, presidente da UPA de Sarandi”, o que fez com que pessoas a associassem à unidade de saúde que usa a mesma sigla, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Na verdade, Samara Baum é vinculada a uma ONG de proteção animal do município de Sarandi.

Após a reação da prefeitura e do governo federal, ela gravou outro vídeo em que diz ter se confundido ao citar o nome do presidente Lula e que, na verdade, estaria se referindo a Alckmin. “Me expressei errado pela raiva.”

Na nova gravação, ela reafirma que esteve no centro em Lajeado e que “não conseguiu distribuição de ração”, mas ressalta que repassou o vídeo somente ao grupo da ONG e que “não era para ter vazado”. “Eu gravei na raiva e disse para as gurias: ‘Esperem, deixem eu buscar mais informações'”, afirma. “Não era para ter sido postado.”

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade