PREOCUPANTE
Vale do Sinos já soma mais de 1,5 mil casos de dengue
São Leopoldo teve quase uma centena a mais de confirmações nesta segunda-feira (26)
Última atualização: 27/02/2024 08:01
Com oito óbitos e mais de 7,4 mil casos confirmados no Estado neste início de ano, o avanço da dengue está colocando em alerta todos municípios. Na região, São Leopoldo vive um crescente de casos preocupante - só na atualização do fim de semana foram quase uma centena de casos, totalizando já 464 casos, conforme o Painel de Casos de Dengue RS.
O município figura entre as cinco cidades com mais casos em todo o RS, e, aqui no Vale do Sinos, só atrás de Novo Hamburgo que já passou de mil infectados com a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Já Sapucaia do Sul também vem registrando uma alta na última semana, chegando a 22 casos ontem. Capela de Santana, apesar de ter apenas 13 casos, já registra o triplo de casos em todo o ano passado, quando registrou apenas 4 ocorrências. O município está entre os 50 com mais casos no RS, o que já fez a Secretaria de Saúde local alertar para a necessidade de combate à água parada com focos de larvas do mosquito.
Já os outros dois municípios da região do VS ainda têm poucos casos. Portão tem 6 e Esteio, 5, mas, no município esteiense ainda há 44 casos sob investigação.
Controle na Vicentina
Em São Leopoldo, o atendimento foi ampliado na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vicentina. O bairro responde por quase 50% dos casos de dengue na cidade. Na UBS Vicentina, a Secretaria da Saúde (Semsad) abriu dois novos ambulatórios de atendimento exclusivo às pessoas com dengue ou que tenham sintomas da doença. Para casos mais graves é possível realizar hidratação intravenosa.
O Hospital Centenário conta com espaço específico para pacientes do tipo B, considerados mais graves. Além disso, foi ampliado o horário de atendimento em UBSs. Na Brás e Cohab Feitoria (das 8h às 20h, sem fechar ao meio-dia) e na Paim e Vicentina (das 8h às 12h e das 13h às 20h).
A preocupante escalada no RS e em São Leopoldo e Novo Hamburgo
Em 10 de fevereiro, o Estado registrava mais de 1.704 casos, com Novo Hamburgo registrando 122 casos e São Leopoldo, 64 - as duas cidades já nesta época figuravam entre as dez com mais registros. Passados 25 dias, o Rio Grande do Sul já apresenta 7.485 casos confirmados, sendo que Novo Hamburgo tem 1.003 e São Leopoldo já chega a 464.
Somente na última atualização apresentada ontem, foram 143 novos casos hamburguenses e 95 novos casos leopoldenses. Novo Hamburgo é a segunda cidade com mais casos (só atrás de Tenente Portela, onde são 1.339 infectados em uma população de apenas 13,4 mil habitantes). São Leopoldo está na 5a posição, atrás ainda de Santa Rosa (531 casos, mas com mais de 330 sob investigação) e Três Passos (517). A tendência é que São Leopoldo ultrapasse Três Passos ainda nesta semana.
Ações de prevenção em São Leopoldo
Na quinta-feira (22), a Semsad promoveu capacitação sobre o manejo clínico da dengue voltada para médicos e servidores municipais de saúde. O encontro teve grande adesão e reuniu 150 profissionais na Unisinos. O objetivo foi aprimorar o atendimento e o diagnóstico da doença na rede pública.
Em reunião nessa segunda-feira (26), a Secretaria Municipal de Educação (Smed) propôs capacitações sobre o tema a através de reunião de diretores, além de ampliar o trabalho nas instituições municipais e conveniadas através do Núcleo Interdisciplinar de Saúde na Escola (Nise), entregar material informativo nos espaços e realizar um “aulão” com os estudantes dos Grêmios Estudantis, além de solicitar que os professores abordem o tema nas aulas.
Ainda pela manhã, agentes da Vigilância em Saúde também realizaram visitas em residências e estabelecimentos comerciais para intensificar a campanha de combate ao mosquito transmissor e alertar sobre os riscos de deixar água parada nos quintais das casas, limpeza de pratos de flores e plantas, dos pets; não deixar água armazenada em garrafas e pneus e tampar caixas d´água.
Carros de som também passaram pelas avenidas e ruas da Vicentina e Paim, passando informações de prevenção e cuidados. Segundo o coordenador da Vigilância em Saúde, André Ellwanger, a medida mais eficaz para o combate à dengue é justamente a prevenção.