O ingresso no mercado de trabalho é um passo essencial para que jovens atendidos pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Novo Hamburgo (Case NH) possam vislumbrar um futuro diferente. A capacitação vocacional oferecida durante o período de internação proporciona ocupação e oportunidades de traçar metas concretas para a vida após a socioeducação.
Foto: Letícia Breda/GES-Especial
Com esse objetivo, a Associação do Bem-Estar da Criança e do Adolescente de Novo Hamburgo (Asbem) realiza oficinas vocacionais no Case NH, com foco em áreas como serviços, panificação e beleza. O projeto, apoiado pela Secretaria de Segurança do município, formará uma nova turma nesta sexta-feira (6). Em 2024, cerca de 60 jovens participaram da iniciativa, divididos em dois semestres.
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Atualmente, o Case NH atende 77 adolescentes, com capacidade para 90. Desde 2018, a parceria com a Asbem tem sido essencial para dar continuidade aos projetos socioeducacionais. “As formaturas mais emocionantes acontecem aqui. É muito gratificante conseguirmos mudar um pouco o rumo desses jovens e oferecer oportunidades a eles”, afirma a presidente da associação, Ana Luísa Conti.
Aprendizados
Pensar no futuro foi o que motivou o socioeducando Manoel*, de 17 anos, a participar das oficinas vocacionais, onde se dedicou a aprender sobre a profissão de garçom. “Aprendi muitas coisas que eu não sabia, como organizar talheres e pratos. Acredito que isso vai me trazer mais chances de arrumar um trabalho em restaurantes. Estou ansioso pela formatura”, afirma.
Foto: Letícia Breda/GES-Especial
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A meta de conseguir se dedicar a um ofício também enche de esperança o jovem José*, 18. As aulas de panificação trouxeram novos aprendizados para o socioeducando, que já havia trabalhado na área. “A experiência do curso foi muito boa, e sou grato pela oportunidade que tivemos. Já trabalhei em padaria e planejo fazer meus próprios doces em casa”, conta.
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Transformação de futuros
A inclusão de atividades diversificadas na rotina dos adolescentes atendidos pelo Case NH é uma prática consolidada. Segundo o diretor da instituição, Eloi Spohr, além das oficinas vocacionais, o espaço oferece aulas letivas, salas de robótica e informática, atendimentos de saúde e suporte psicossocial, entre outros. “Somos uma socioeducação onde o adolescente que cumpre as suas medidas recebe cuidado e dedicação. A sociedade precisa olhar com mais atenção para a socioeducação. Somos praticamente uma escola técnica”, pondera.
Os resultados dessas iniciativas são percebidos diretamente pelos profissionais da instituição. A pedagoga Liana Lemos Gonçalves, que integra o núcleo de apoio aos adolescentes, acompanha os jovens desde o momento em que chegam à Case NH. “Eles gostam de participar e perceber sua capacidade de aprender. Muitos, quando saem, nos enviam fotos e compartilham os locais onde conseguiram emprego”, destaca.
*Os nomes dos socioeducandos foram resguardados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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