A Sociedade Leopoldense de Orquidófilos (SLO) realizou, neste domingo (7), a primeira edição de 2024 da exposição de orquídeas. O evento, com entrada franca, ocorreu na sede da SLO, com 33 expositores, 4 produtores e um público de aproximadamente 2 mil pessoas, conforme o presidente da Sociedade, Sinval Rodrigo Trovo.
Foto: Amanda Krohn/Especial
De acordo com Trovo, o público da exposição atendeu às expectativas, no entanto, não se pode dizer o mesmo em relação às espécies em exposição. “Vieram 33 expositores, mas pretendíamos trazer 60, 70. No final do ano passado teve muita chuva, e como interfere na agricultura, interfere nas orquídeas também, assim é a natureza. Elas precisam de chuva, mas também precisam de luminosidade”, explicou.
Público cativo
Entre os visitantes estava o arquiteto e paisagista Luiz Pinheiro, de 73 anos, que veio de Porto Alegre para aproveitar a exposição. “Eu estudo as orquídeas, tenho um orquidário e vou em todas as exposições que posso”, contou Pinheiro. “É uma boa oportunidade para ver os amigos e ver novas plantas também, ver sempre as novidades”, acrescentou.
Foto: Amanda Krohn/Especial
A cuidadora Mariana Silveira, 63, do bairro Rio Branco, também é uma entusiasta. “Só hoje já comprei oito, geralmente eu levo assim, de oito a dez plantas”, afirmou. “Gosto de fazer coleção, tenho muitas em casa. É uma coisa que ao mesmo tempo em que dá trabalho, também dá alegria e distrai. Tu vai fazendo experiências, cultivando de um jeito, de outro, e o resultado sempre é surpreendente”, continuou.
São colecionadores como Luiz e Mariana que contribuem com a renda de produtores como Massamune Shimoda, de 40 anos, que veio de Parobé para vender na exposição. “Sou produtor há seis anos e participo de exposições como essa pelo menos uma vez por mês. Só hoje já vendi para mais de 100 clientes”, relatou. Assim como boa parte dos orquidófilos, a paixão de Massamune vem da infância. “Gosto de orquídeas desde criança. Meu pai era orquidófilo, tinha um laboratório onde ele fazia melhoramento de espécies e eu acompanhava ele. Sempre gostei do cheiro delas e das cores”, disse.
10ª Mostra de abelhas sem ferrão
Junto à exposição de orquídeas, é realizada também a 10ª Mostra de Abelhas Sem Ferrão, propiciada por uma parceria entre a SLO e a Associação Gaúcha de Meliponicultura (Agmel). Conforme o presidente da entidade, Marcello Coch Berg, a atividade é fundamental para promover o conhecimento acerca da espécie.
Foto: Amanda Krohn/Especial
“Temos que apresentá-las para a população em geral que desconhece ela. Elas não oferecem perigo, mas acabam sendo exterminadas por causa do medo que as pessoas têm da Apes Melífera – espécie que tem ferrão”, diz Coch. A criadora Denise Braga Vieira, de 38 anos, veio de Sapucaia do Sul para mostrar suas abelhas. “Bastante gente traz crianças e acaba se apaixonando por elas. Acho isso importante porque elas são as principais polinizadoras.”
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