Em busca de auxílio nas atividades contra a transmissão da dengue, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, visitou, na manhã desta quinta-feira (29), o gabinete da promotora de Justiça Carla Adami da Silva, do Ministério Público (MP).
Ao lado da secretária municipal de Saúde, Andréia Nunes, e do procurador-geral do Município, Pedro Ávila Porto, Vanazzi apresentou as ações realizadas pelo Executivo e buscou apoio do MP na sensibilização da população e na tomada de medidas mais enérgicas no que diz respeito a casas abandonadas.
Contaminações em casa
“Há um processo de evolução de casos na cidade. Estamos com equipes nas ruas, montamos um comitê técnico, mas precisamos que a comunidade abrace a causa. Mais de 70% das contaminações ocorrem dentro de casa. A situação nos preocupa, temos uma série de ações em andamento e pedimos apoio da instituição nessa pauta para conscientizar a população”, ressaltou o prefeito.
O procurador do município Paulo Röhr, que acompanhou o grupo, falou do decreto de emergência e dos apontamentos envolvendo casas desocupadas. “Temos um grande número de denúncias nesse sentido. Nossa intenção não é multar. Porém, temos que ter um olhar diferenciado para casas onde há recusa, abandono ou ausência de resposta”, ponderou.
A promotora Carla Adami da Silva se colocou à disposição para auxiliar nas iniciativas e alinhar ações nos próximos dias. “Acompanho a situação de perto, vivo o dia a dia da cidade. Da minha janela vejo piscinas abandonadas em residências. O interesse público sempre deve se sobrepor”, afirmou.
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Iniciativas
A secretária da Saúde Andréia Nunes apresentou as iniciativas colocadas em prática na rede municipal, que vão desde o aumento das equipes até a mudança de fluxo no atendimento. “Na região Oeste, onde se concentra a maior parte dos casos, ampliamos o expediente das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Vicentina e Paim até as 20 horas. Ambas passarão a abrir aos sábados também. Realizamos uma grande capacitação com todos os profissionais de medicina e enfermagem para aprimorar o acolhimento e diagnóstico. O comitê técnico, que reúne diversas secretarias, já trabalha em conjunto na orientação de moradores e limpeza nos bairros. Porém, mais do que isso, precisamos de um processo de educação permanente da população sobre os riscos da doença e eliminação de criadouros”, reforçou.
Atualmente, São Leopoldo registra 635 casos da doença, outros 284 são considerados suspeitos.
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