SÃO LEOPOLDO
Retornando à escola após dois meses de ansiedade; Confira novas datas
Mães se dividem entre trabalhar e cuidar dos filhos em casa no pós-cheias; Emef Castro Alves teve retorno adiado e Emef Maria Edila foi antecipada
Última atualização: 02/07/2024 19:02
"Hoje tenho que me dividir entre meu salão e meus filhos." Essa é a situação vivida pela cabeleireira Bruna Santos Tyska, 30 anos, do bairro São Miguel, em São Leopoldo, que tem filhos há dois meses sem aula, por conta da cheia histórica que atingiu o município. Assim como ela, diversos pais enfrentam problemas parecidos.
Bruna é mãe de três: Anthony Vargas, 10, aluno da Emef Rui Barbosa; Heitor Santos Vargas, 3, da Escola Pimpolhos e Cia 2; e Zidane Santos Vargas, 15, do Instituto Estadual Parque do Trabalhador. Somente para o mais velho, as aulas já retornaram.
"Meus filhos ficam comigo aqui todos os dias, nossa casa é logo ali atrás do salão. Chegou água ali e aqui também", conta a cabeleireira.
Anthony está ansioso para voltar à escola. "Sinto falta dos meus amigos, das aulas e da educação física", disse.
Também no São Miguel, a dona de casa Jéssica Franciele Borges Dávila, 29, é mãe de duas crianças: Cecília Eduarda, de 6 anos, aluna da Emef Rui Barbosa, e Carlos Antônio Dávila Arnold, de 3 anos. Desempregada há três anos devido a uma gestação de risco, precisou interromper sua retomada do trabalho para cuidar dos filhos enquanto não era possível levá-los à escola.
Recomeço
"Já fazia um ano que estava procurando emprego. Eu recebo Bolsa Família, mas sou acostumada a trabalhar, então estou agoniada por estar parada e perdi vários serviços que estavam programados para mim por causa das cheias", desabafou.
Para Jéssica, o retorno das aulas representa um recomeço além do contexto das cheias. "Ainda não consegui colocar meu pequeno em uma creche porque ele não tem idade, mas assim que eu conseguir e as aulas retomarem, vai ficar mais fácil voltar a trabalhar."
“Retornar é essencial”
A secretária de Educação Renata de Matos ressalta a importância desse retorno para o bem-estar da comunidade. “É essencial não só pela aprendizagem cognitiva, mas principalmente no âmbito emocional. Não é só uma aula, é receber, preparar uma comida, preparar o carinho para que aquela criança se sinta bem-vinda.”
De acordo com Renata, não é possível estipular um cronograma para finalização da reforma nas escolas
porque o calendário está sujeito ao clima. Segundo ela, as obras devem continuar mesmo após o retorno das aulas, seguindo pelo menos até o fim do ano.
Confira as datas
3/7: Emef Rui Barbosa, Emef Padre Orestes João Stragliotto, Emef Francisco Cândido
Xavier e Emef João Belchior Marques Goulart.
4/7: Emef Maria Edila da Silva Schmidt
8/7: Emef Castro Alves
Até 17/7:
Grupo 1: Emef Vitória Régia, Emei Antônio Leite, Emef Otília Carvalho Rieth, Emef Edegard Coelho e Emef Álvaro Luís Nunes.
Grupo 2: Emei Acácia Mimosa, Emei Brinco de Princesa, Emei Girassol e Emef Paulo Beck.*
* ATUALIZAÇÃO: Alteração das datas foi encaminhada pela Prefeitura de São Leopoldo durante a tarde desta terça-feira (2).
"Hoje tenho que me dividir entre meu salão e meus filhos." Essa é a situação vivida pela cabeleireira Bruna Santos Tyska, 30 anos, do bairro São Miguel, em São Leopoldo, que tem filhos há dois meses sem aula, por conta da cheia histórica que atingiu o município. Assim como ela, diversos pais enfrentam problemas parecidos.
Bruna é mãe de três: Anthony Vargas, 10, aluno da Emef Rui Barbosa; Heitor Santos Vargas, 3, da Escola Pimpolhos e Cia 2; e Zidane Santos Vargas, 15, do Instituto Estadual Parque do Trabalhador. Somente para o mais velho, as aulas já retornaram.
"Meus filhos ficam comigo aqui todos os dias, nossa casa é logo ali atrás do salão. Chegou água ali e aqui também", conta a cabeleireira.
Anthony está ansioso para voltar à escola. "Sinto falta dos meus amigos, das aulas e da educação física", disse.
Também no São Miguel, a dona de casa Jéssica Franciele Borges Dávila, 29, é mãe de duas crianças: Cecília Eduarda, de 6 anos, aluna da Emef Rui Barbosa, e Carlos Antônio Dávila Arnold, de 3 anos. Desempregada há três anos devido a uma gestação de risco, precisou interromper sua retomada do trabalho para cuidar dos filhos enquanto não era possível levá-los à escola.
Recomeço
"Já fazia um ano que estava procurando emprego. Eu recebo Bolsa Família, mas sou acostumada a trabalhar, então estou agoniada por estar parada e perdi vários serviços que estavam programados para mim por causa das cheias", desabafou.
Para Jéssica, o retorno das aulas representa um recomeço além do contexto das cheias. "Ainda não consegui colocar meu pequeno em uma creche porque ele não tem idade, mas assim que eu conseguir e as aulas retomarem, vai ficar mais fácil voltar a trabalhar."
“Retornar é essencial”
A secretária de Educação Renata de Matos ressalta a importância desse retorno para o bem-estar da comunidade. “É essencial não só pela aprendizagem cognitiva, mas principalmente no âmbito emocional. Não é só uma aula, é receber, preparar uma comida, preparar o carinho para que aquela criança se sinta bem-vinda.”
De acordo com Renata, não é possível estipular um cronograma para finalização da reforma nas escolas
porque o calendário está sujeito ao clima. Segundo ela, as obras devem continuar mesmo após o retorno das aulas, seguindo pelo menos até o fim do ano.
Confira as datas
3/7: Emef Rui Barbosa, Emef Padre Orestes João Stragliotto, Emef Francisco Cândido
Xavier e Emef João Belchior Marques Goulart.
4/7: Emef Maria Edila da Silva Schmidt
8/7: Emef Castro Alves
Até 17/7:
Grupo 1: Emef Vitória Régia, Emei Antônio Leite, Emef Otília Carvalho Rieth, Emef Edegard Coelho e Emef Álvaro Luís Nunes.
Grupo 2: Emei Acácia Mimosa, Emei Brinco de Princesa, Emei Girassol e Emef Paulo Beck.*
* ATUALIZAÇÃO: Alteração das datas foi encaminhada pela Prefeitura de São Leopoldo durante a tarde desta terça-feira (2).