PÓS-CHEIAS

Representante do Comitê Científico do Plano Rio Grande participa de reunião no Tecnosinos

Na reunião, o secretário-executivo Joel Avruch Goldenfum apresentou as possíveis medidas a serem tomadas para combater novas inundações; Veja quais foram as propostas

Publicado em: 19/07/2024 20:33
Última atualização: 20/07/2024 09:53

O secretário- executivo do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande, Professor Joel Avruch Goldenfum, participou, nesta quinta-feira (18), de uma reunião de integrantes do Ecossistema de Inovação, na Unitec 1, no Tecnosinos, em São Leopoldo.

Joel Avruch frisou a necessidade de agir com urgência em relação à prevenção contra cheias Foto: Amanda Krohn/Especial

Sob a temática “Desafios da Região Metropolitana: O que fazer após a maior cheia do RS”, o professor, que também é diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFGRS e diretor do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped-RS) da instituição, mencionou as prováveis causas do desastre que assolou o município e o Estado em maio deste ano.

Dentre as possíveis causas citadas, estavam: mudanças no uso do solo, anomalias climáticas como o El Niño e o La Niña, mudanças climáticas e ocupação inadequada do solo. A reunião também abordou questões relacionadas ao Lago Guaíba e ao Vale do Taquari.

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Estiveram presentes na reunião o coordenador da Defesa Civil de São Leopoldo, Fabiano Camargo, o Superintendente de Urbanismo do município, João Henrique Dias, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico, Juliano Maciel, dentre outras entidades que integram o Ecossistema.

IPH da UFRGS já havia apresentado ações urgentes em 2023

Durante a apresentação, Goldenfum lembrou que o IPH já havia avisado, em nota, que o evento climático de setembro de 2023 poderia vir a se repetir. “Essa nota circulou o Brasil inteiro”, comentou.

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Na nota, o instituto sugeriu ações de curto, médio e longo prazo após as cheias de setembro de 2023. “Desastres hidrometeorológicos ou hidrológicos como os de 2023 podem ocorrer novamente, seja pela variabilidade natural do clima ou pelo aumento da frequência e magnitude relacionados às mudanças climáticas”, dizia parte do material.

Soluções propostas na reunião

Por fim, o professor resumiu o que deve ser feito em termos de prevenção não apenas na cidade, como também no Rio Grande do Sul como um todo. “Não devemos esperar mais estudos para fazer alguma coisa, precisamos agir agora”, alerta o professor, reiterando que os meses de agosto, setembro e outubro são, historicamente, propícios para enchentes.

Confira o que foi sugerido:

  • Região Metropolitana: Ações Urgentes de recuperação imediata de estruturas de defesa
  • Elaboração de estudos regionais de zoneamento de áreas inundáveis
  • Delimitação de áreas de risco
  • Fortalecimento dos órgãos responsáveis pelo monitoramento e previsão de inundações
  • Instalação de uma rede densa de monitoramento hidrometeorológico automatizado e robusto
  • Planejamento e regulação do uso e da ocupação do solo a partir da ótica da gestão de risco
  • Desenvolvimento de uma cultura de prevenção e compreensão de riscos relativos a eventos extremos e desastres

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