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INAUGURADO HÁ 50 ANOS

R$ 2,7 milhões devem ser investidos para reformar o prédio do Centro Cultural leopoldense

Nesta quinta-feira, 12 de setembro, estrutura completa 50 anos de inauguração. Revitalização começará pelo Teatro Municipal, que foi fortemente atingido pela enchente; saiba mais

Priscila Carvalho
Publicado em: 12/09/2024 às 11h:36 Última atualização: 12/09/2024 às 11h:43
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Completando 50 anos de inauguração nesta quinta-feira (12), o prédio do Centro Cultural José Pedro Boessio – que abriga hoje o Teatro Municipal, a Biblioteca Vianna Moog, a Galeria Liana Brandão e a Secretaria de Cultura e Relações Internacionais (Secult) de São Leopoldo – deve passar por uma grande reforma até a sua reabertura, programada para o ano que vem. Entre as maiores obras a serem feitas estão as intervenções no teatro, o espaço mais atingido do complexo pela enchente de maio.

Cristiano Adeli, Marcel Frison e Jari da Rocha acompanham os trabalhos de reforma no Teatro Municipal



Cristiano Adeli, Marcel Frison e Jari da Rocha acompanham os trabalhos de reforma no Teatro Municipal

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

De acordo com a Secult, a revitalização do prédio como um todo já estava programada para iniciar este ano, porém, após a inundação, o teatro passou a ser prioridade. No local, todas as 250 poltronas, o carpete e o palco foram afetados pela água.

Restauro geral

Conforme o titular da pasta, Marcel Frison, o processo de restauro do espaço está bem encaminhado, sendo a confecção das novas poltronas da plateia a parte que mais pode demorar. “Estamos aproveitando o momento pra reformar todo o palco, que já estava problemático e com a enchente foi bem atingido, porque ele é mais baixo. Vamos fazer todo o carpete, a pintura, o restauro geral do teatro. É uma obra de R$ 700 mil”, informou o secretário, ressaltando que as intervenções no Centro Cultural somarão mais R$ 2 milhões.

Segundo Frison, as obras já estão licitadas e tem recursos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). “São R$ 2,7 milhões de investimentos da prefeitura pra deixar isso aqui 100% novamente”, pontuou Frison, enquanto acompanhava o andamento das obras no teatro. “Nem tudo é estrago da enchente, mas a gente aproveitou. A reforma do Centro Cultural já estava prevista no nosso horizonte. Aqui, nós íamos reformar apenas o palco, mas como deu a enchente, vamos reformar o espaço da plateia também, pois já precisava mesmo, estava desgastado já”.

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Entrega prevista para janeiro

Na estimativa de Frison, a revitalização do Centro Cultural deve ser concluída em janeiro de 2025. “Até porque a gente vai terminar todas as obras. A obra do teatro, provavelmente, vai ficar pronta antes, mas devemos retomar em janeiro com uma agenda já preparada”, ponderou.

Coordenador do teatro, Cristiano Adeli disse que após as obras, o local contará com 270 lugares, seguindo padrão normativo de acessibilidade. Atualmente, o serviço no local está na fase de desmontagem do palco e preparação do piso para, após, receber assoalho e carpete. “Tem que seguir uma sequência, não podemos botar o carpete, enquanto o palco não estiver pronto, se não, é um retrabalho”, argumentou. “Vamos um espaço melhorado, qualificado”, afirmou Adeli.

Prédio entregue em 1974

Secretário adjunto da Secult, Jari da Rocha lembra que essa será a maior obra já feita no prédio, que foi entregue para o sesquicentenário da Imigração Alemã no município, em 1974, a fim de receber o espaço da Biblioteca Pública Municipal que, na época, tinha o nome de Olavo Bilac. Nas paredes, placas comemorativas indicam algumas reformas feitas – como a entregue em maio de 2002 e que contemplava também o espaço da biblioteca.

Agora, o Centro Cultural como um todo será renovado. “Ele já teve pequenas reformas na história, mas essa vai ser a grande reforma. Incluirá a parte elétrica, pintura, climatização, iluminação, troca de esquadrias, entre outros”, explicou Rocha.

Placa fixada no prédio destaca sua entrega, há 50 anos, com a mudança da Biblioteca Pública para o local



Placa fixada no prédio destaca sua entrega, há 50 anos, com a mudança da Biblioteca Pública para o local

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Quem foi José Pedro Boessio

José Pedro Boessio nasceu em 16 de fevereiro de 1949, na cidade de Veranópolis. Graduou-se em Medicina e em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), optando por seguir sua caminhada na música como arranjador e regente coral e, posteriormente, como regente de orquestra.

Desde o início da sua carreira como músico, sua base de atuação foi o município de São Leopoldo, onde foi regente do Coral da Sociedade Ginástica e, por muitos anos, do coral da Unisinos, onde atuou também como diretor cultural. Nesse período, fundou a Orquestra Unisinos, criou diversos projetos e realizou ações de cunho social e de difusão cultural como os programas “Sempre às Terças” e “SinosAcorda”.

Veio a falecer no auge da sua carreira, de forma trágica e precoce, em um acidente de automóvel em 2001.

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