O prefeito Ary Vanazzi apresentou em Brasília, nesse ano, o projeto da construção de rampas elevadas nas laterais da Avenida Coronel Atalíbio Taurino de Rezende. A proposta ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ainda em análsie, consiste em um aditivo contratual no projeto de melhorias da BR-116, junto ao qual foi entregue um pré-projeto, com um valor estimado de aproximadamente R$ 15 milhões.
Em contrapartida, a Prefeitura assumiu o compromisso de reassentar cerca de 70 famílias que estão no leito da BR-116 na divisa com Novo Hamburgo, próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Federal. “Há necessidade de construção das elevadas, uma vez que a região tem problemas de mobilidade urbana, sendo a avenida Coronel Atalíbio Taurino de Resende, a principal via de ligação da Região Norte com o Centro da cidade”, disse o prefeito, mediante assessoria de comunicação. “Também é importante aproveitar as obras em curso na BR-116 para sanar esse problema de mobilidade urbana”, prosseguiu.
O que muda
Com as elevadas, a expectativa do prefeito é que o trânsito fique mais organizado, reduzindo, consequentemente, os congestionamentos naquela localidade. “Na parte de baixo da rampa, deve circular apenas o trânsito da Santa Marta, Mauá, Vila Elsa e arredores. Já quem vem da Scharlau, subirá a rampa e descerá logo em seguida para poder chegar na Campina”, exemplificou o gestor municipal. “Essa é a situação que nós estamos mudando, hoje em dia quem vem de Porto Alegre na lateral, sai da Caxias do Sul e vem por baixo. E quem vem da Scharlau para o centro, a mesma coisa. Isso dá engarrafamento na Atalíbio de Rezende”, completou o gestor municipal.
Quando começam as obras?
De acordo com o prefeito, ainda não é possível estimar uma data para o início da construção das elevadas. “O início da obra depende da aceitação do aditivo e das execuções do projeto executivo por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)”, disse. “Foi solicitado ao ministro Paulo Pimenta, que acompanha especificamente obras e projetos do Governo Federal no Rio Grande do Sul, a agilidade do processo junto ao Ministério dos Transportes e DNIT, para aproveitar o andamento da obra da BR-116 e o contrato vigente”, finalizou.
Comunidade reclama do trânsito no local
A rotina não é fácil para quem utiliza diariamente a rótula próxima à Avenida Atalíbio. Enquanto algumas pessoas conseguem utilizar um desvio para evitar a “tranqueira”, outros não conseguem fugir e se veem obrigados a ficar parados na fila de veículos por um tempo.
No caso do motorista de aplicativos Sílvio Renato Rios Cuty, de 35 anos, morador do bairro Campina, isso interfere até em seu faturamento enquanto trabalhador autônomo. “Eu até encerro o meu horário de trabalho no final da tarde para não pegar o trânsito das 17h30, 18h, porque mesmo com o valor mais elevado das corridas nesse horário, não vale a pena ficar trancado no trânsito. Acaba não compensando”, explica o profissional.
Também motorista de aplicativo, Geferson Lima, 53, mora no bairro Liberdade, em Novo Hamburgo, mas utiliza a avenida diariamente tanto para trabalhar, como para compromissos pessoais. “Atrasa bastante meus compromissos porque trabalho com aplicativo mas vou a um jogo com a minha família. Não tenho como desviar porque é a rua que liga Campina, Santa Marta, Arroio da Manteiga…”, reclama. “A gente tem que arrumar rotas alternativas, por dentro dos bairros, por dentro da Campina, para sair no centro. E a única saída que tem da Scharlau para a Campina é essa, só por dentro da Campina”, acrescenta.
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