PARA RECUPERAÇÃO

Programas pós-cheias auxiliaram mais de 1,6 mil micro e pequenas empresas leopoldenses

Operações de ajuda do Sebraetec Supera, com Prefeitura de São Leopoldo e Sicredi Pioneira, somaram mais de R$ 14,3 milhões em recursos a negócios atingidos pelas inundações; somente pelo programa Supera São Léo, foram 532 empresas beneficiadas

Priscila Carvalho

priscila.carvalho@gruposinos.com.br

Publicado em: 28/11/2024 às 10h:42 Última atualização: 28/11/2024 às 10h:43

Cerca de 1,6 mil micro e pequenas empresas de São Leopoldo foram beneficiadas pelo programa Sebraetec Supera, que investiu R$ 14,3 milhões por meio de convênios e operações próprias do Sebrae para recuperação desses empreendedores após a cheia de maio.

Resultados foram apresentados em atividade no gabinete do prefeito

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Só pelo Supera São Léo, 532 empresas foram beneficiadas

Entre as ações, em convênio com a Prefeitura, o Programa Supera São Léo Sebraetec, lançado em junho, como apoio à retomada econômica dos empreendedores atingidos pela enchente, destinou recursos para 532 empresas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27), pelos representantes do Sebrae, durante prestação de contas do projeto, na Sala de Reuniões do gabinete do prefeito.

O Supera São Léo teve como objetivo oferecer suporte e auxiliar no retorno das pequenas empresas. Para tanto, foram investidos R$ 4 milhões – R$ 1,5 milhão pela gestão municipal, R$ 500 mil repassados pela Câmara de Vereadores e R$ 2 milhões pelo Sebrae.

Os recursos foram repassados para: 350 microempreendedores individuais (MEIs), 143 microempresas (MEs) e 39 empresas de pequeno porte (EPPs) – que totalizam as 532 empresas contempladas. Para os MEIs, foram destinados R$ 1.871.194,16; para as MEs, R$ 1.550.100,36; e para as EPPs, R$ 579.100,84.

Os dados foram apresentados pelo gerente regional do Sebrae, Marco Copetti, e a analista de Relacionamento com o Cliente, Daniela Bittencourt.

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Investimento total

Além do convênio com a Prefeitura, o Sebrae destinou recursos para empreendedores leopoldenses por meio de convênio com a Sicredi Pioneira e por suas operações próprias. No total, foram 1.669 empresas atendidas, num investimento de mais de R$ 14,3 milhões. “Todas já receberam os recursos”, afirmou Copetti, lembrando a grande demanda na cidade, e que o Sebrae ofereceu também consultorias com seus especialistas dentro do programa.

Os segmentos mais atendidos foram alimentos e bebidas, automotivo, comércio, construção, metalmecânico e prestação de serviços nos bairros Campina, Vicentina, São Miguel, Scharlau, Rio dos Sinos, Santos Dumont, Feitoria e Centro.

“É a cidade no Rio Grande do Sul que mais tivemos atendimentos”

Durante a atividade, Copetti, o trabalho realizado em conjunto com a gestão municipal foi determinante para a estruturação da iniciativa. “O apoio não se resume somente no financeiro, mas também, na atividade econômica, na responsabilidade, no apoio técnico, moral, no incentivo, na organização”, colocou. “Investimos muito mais, além do convênio, justamente porque a prefeitura nos deu esse apoio (…). Com esse trabalho conjunto, de engajamento, de propósito, que a prefeitura e a secretaria tiveram junto com o Sebrae, que a gente conseguiu chegar nesse número”, acrescentou o gerente.

“É a cidade no Rio Grande do Sul que mais tivemos atendimentos do Sebrae”, concluiu, destacando que a intenção é de seguir o trabalho com esses empresários. “Fazendo um rescaldo de entender como eles estão, propondo novas consultorias, enfim, o que o Sebrae pode fazer para que esse tecido importante da economia do município continue vivo, atuante e com resultados.”

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Indutor do desenvolvimento econômico

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, apontou os resultados do programa como uma cadeia de produção entre os microempreendedores do município, ao prestar auxílio na elaboração de um plano de ação para adequação de seus negócios. “É com essa visão que precisamos olhar a gestão municipal, como indutor da economia, do desenvolvimento econômico”.

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec), Mário Rosito, enfatizou o propósito do programa de prestar apoio aos microempresários, em um momento de reestruturação das atividades econômicas na cidade. “O programa pretendeu minimizar um pouco a dor, o sofrimento dos CNPJ’s atingidos pela tragédia de maio”, finalizou.

Entre as autoridades presentes, também estiveram na apresentação dos dados: o secretário executivo da Câmara Temática da Indústria de São Leopoldo, Denir Machado; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Olinto Menegon; o vice-presidente financeiro da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia (Acist-SL), Filipe Schuck; e o diretor executivo do Sindimetal, Valmir Pizzutti.

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Suporte para recomeçar

A corretora de imóveis e proprietária da empresa Delicias Padaria e Confeitaria, Camila da Conceição, 36 anos, teve sua casa, no bairro Campina, e sua empresa, localizado no bairro Scharlau, afetados pela enchente e foi uma das contempladas pelo programa. “A iniciativa chegou como suporte para recomeçar. Eu só tenho a agradecer a essa ajuda. A nossa produção agora está ativa e crescendo cada vez mais”.

Ela conta que precisou fazer manutenção em todos as máquinas de sua padaria, além de perder os móveis do estabelecimento, um freezer e um computador. “Eu utilizei da verba do Supera para comprar um computador, que era uma demanda que eu precisava pra reiniciar minha atividade como corretora e toda a gestão do meu negócio, que é feito por planilhas. E foi de extrema importância e impactante pro nosso negócio ter essa ferramenta e tem essa consultoria do Sebrae pra nos direcionar frente a um recomeço.”