SÃO LEOPOLDO

CATÁSTROFE NO RS: Primeira bomba anfíbia instalada para drenagem de áreas alagadas entra em funcionamento; veja vídeo

Equipamento foi colocado no bairro Campina e mais um deve começar a operar neste sábado (18) para drenar água da região

Publicado em: 17/05/2024 19:09
Última atualização: 17/05/2024 20:01

A primeira de duas bombas anfíbias com vazão de 3,3 mil litros por segundo que devem sugar água do bairro Campina entrou em funcionamento na tarde desta sexta-feira (17). O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) instalou o equipamento no dique próximo à empresa Dalleaço, junto à ponte sobre o Rio dos Sinos, na BR-116, em São Leopoldo.

Primeira bomba anfíbia entrou em operação no bairro Campina, junto à Ponte do Rio dos Sinos Foto: Digue Cardoso/Semae

A segunda bomba deve entrar em operação neste sábado (18). O conjunto, instalado dentro da região alagada, deve bombear água, por cima do muro do dique, de volta para o Rio dos Sinos.

No total, a autarquia adquiriu 6 bombas anfíbias, que foram produzidas de forma emergencial, num sistema de força-tarefa, pela empresa leopoldense Higra. O equipamento tem capacidade de drenar até 3.300 litros por segundo. “Isto para garantir que elas trabalhem na drenagem das águas da enchente, que ainda mantêm bairros inteiros da cidade submersos”, explicou a autarquia.

Além das duas bombas que ficarão na Campina, as outras 4, serão instaladas na Vicentina e no bairro Santos Dumont. “Tecnicamente, a ação viabiliza a drenagem de todas as regiões alagadas”, afirmou a comunicação do órgão.

No domingo (19), a previsão é ligar a primeira das duas bombas no bairro Vicentina. Na próxima semana devem ser instaladas as bombas na Vila Brás.

Drenagem na Região Nordeste

Na Região Nordeste (Rio dos Sinos e Santos Dumont), os reparos emergenciais do dique do Arroio Gauchinho, na Vila Brás, próximo à Casa de Bombas da Santo Afonso, no limite com Novo Hamburgo, foram finalizados nesta quinta-feira (16). A Casa de Bombas Santo Afonso é administrada pela prefeitura de Novo Hamburgo e São Leopoldo não consegue acessar o local.

Em reunião na manhã desta sexta (17), o prefeito Ary Vanazzi pediu ao governo do Estado o envio de uma bomba para a área.

Primeira bomba anfíbia foi instalada e está em funcionamento no bairro CampinaDivulgação/Prefeitura de São Leopoldo
Primeira bomba anfíbia foi instalada e está em funcionamento no bairro CampinaDivulgação/Prefeitura de São Leopoldo
Primeira bomba anfíbia entra em operação no bairro Campina, próxima à empresa Dalleaço, junto à Ponte do Rio dos SinosDigue Cardoso/Semae
Primeira bomba anfíbia entra em operação no bairro Campina, próxima à empresa Dalleaço, junto à Ponte do Rio dos SinosDigue Cardoso/Semae

Casas de Bombas

- Campina - O Semae instalou uma bomba flutuante com vazão de 1000 litros por segundo no dique da Campina, próximo à Casa de Bombas, com o auxílio de gerador. A água na região precisa baixar para que as equipes de manutenção consigam acessar a Casa de Bombas para verificar os motores das bombas e os painéis elétricos.

A opção pelo início da operação na região do bairro Campina tem impacto na drenagem dos bairros Campina, Scharlau, Rio dos Sinos, Santos Dumont, além de viabilizar retomada mais breve do abastecimento de água tratada nas regiões Norte e Nordeste.

- Cerquinha - Bombas móveis com vazão de 500 litros por segundo ligadas por gerador tem como objetivo drenar a região alagada, possibilitando o acesso à Casa de Bombas do Cerquinha para verificação dos equipamentos. Um novo gerador foi instalado no local. A operação enfrenta dificuldades no andamento, com o último aumento do nível do Rio dos Sinos.

- João Corrêa - Recomposição do dique completa. As bombas foram retiradas com auxílio de mergulhadores. Duas bombas móveis com vazão de 3,3 mil litros por segundo serão instaladas a partir de domingo (19).

- Centro - Casa de Bombas da Rodoviária funcionando parcialmente, com duas bombas, realizou a drenagem de parte da região alagada do Centro. A Casa de Bombas do Ginásio também já opera com duas bombas.

Abastecimento de água

O funcionamento da primeira bomba anfíbia para drenagem do bairro Campina pode ajudar a restabelecer o abastecimento de água na Zona Norte. Isso porque o motor e a rede de passagem que fazem o bombeamento para aquela região estão submersos e, com a retirada da água, podem novamente ficar acessíveis.

Porém, segundo o Semae não é possível precisar quando isso deve acontecer. “A gente não consegue quantificar o volume de água a drenar. Essas bombas vão ter impacto da Campina ao Santos Dumont. É tudo uma única bacia”, informou a comunicação da autarquia, em retorno à reportagem.

As regiões que seguem alagadas na cidade estão desabastecidas. Nas regiões não alagadas, com exceção da parte alta da Zona Norte, o abastecimento foi normalizado, segundo o Semae.

“Com os registros abertos para a região, as comunidades da Santa Marta e Tancredo Neves estão sendo abastecidas por gravidade. Um sistema de bombeamento instalado na Av. Henrique Bier opera com auxílio de gerador, porém o Reservatório do Parque Campestre ainda não atingiu o nível necessário para bombear a água tratada para as regiões como: Vila Baum, Parque Mauá, Jardim Luciana e Boa Vista, entre outras. Um novo booster (sistema de bombeamento) será instalado na Av. Thomas Edson, na tentativa de abastecer a parte alta da Scharlau”, explicou, por texto, a autarquia

Caminhões-pipas estão abastecendo os abrigos, além de caminhões do Semae que estão distribuindo água mineral nas comunidades. Purificadores de água estão direcionados para os locais de abrigo da Zona Norte.

 

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