COMBATE ÀS CHEIAS

Prefeitura solicita R$ 80 milhões para elevar os diques de São Leopoldo

Obra é uma das propostas da Carta de São Leopoldo para Reconstrução e foi citada na apresentação do Diagnóstico e Desafios para a Reconstrução de São Leopoldo

Publicado em: 08/07/2024 16:31
Última atualização: 08/07/2024 16:31

O prefeito Ary Vanazzi anunciou, na sexta-feira (5), a solicitação de R$ 80 milhões para a elevação emergencial dos diques de São Leopoldo. O anúncio foi realizado após a apresentação do Diagnóstico e Desafios para a Reconstrução de São Leopoldo, feita na sala de reuniões do gabinete do prefeito.

Prefeito Vanazzi citou a solicitação de recursos na apresentação do diagnóstico para a reconstrução do município Foto: Amanda Krohn/Especial

A apresentação deu o resultado dos debates e seminários sobre a cheia histórica, que culminaram nas dez resoluções da Carta de São Leopoldo. "Acertamos e estamos encaminhando, nesta semana, pedindo R$ 80 milhões para levantar pelo menos 50 centímetros dos diques, para que em agosto a gente comece a fazer o levantamento dos diques no mesmo patamar dos muros do centro", promete o chefe do Executivo. 

"No muro do Centro a água não passou, aqui entre as pontes não passou, na Campina não passou. Por quê? Esses diques são 50 cm mais altos do que os diques da Vicentina, de Novo Hamburgo e da Vila Brás", continua.

Conforme Vanazzi, a solicitação dos recursos foi realizada na quinta-feira (4), em reunião de prefeitos da região metropolitana com os ministros Paulo Pimenta, da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, e os secretários nacionais Wolnei Wolff, da Defesa Civil, e Hailton Madureira, da Habitação.

Sistema reformulado em até dois anos

De acordo com o prefeito, a estimativa é que a obra emergencial seja concluída entre seis e dez meses, para que em até dois anos o sistema de contenção inteiro seja concluído. "Já acertamos um grupo de trabalho para fazer todos os projetos técnicos, para que em um ano e meio ou dois anos, tenha todo o Sistema de Proteção das Cheias, em todo o Rio Grande do Sul nessas bacias, para daí licitar a obra e investir os valores", destaca.

"Mas nós vamos fazer primeiro aqui, junto com Novo Hamburgo, agora, porque dá uma tranquilidade maior de manter a cota dos diques na cota que tivemos em 2024", completa.

Questionado sobre o tempo necessário para a elaboração do projeto, o prefeito afirma que pretende seguir o projeto original. "Percebemos que há uma defasagem nos diques, então temos que colocar dentro do projeto original, então o projeto está pronto, é só fazer o que deixou de ser feito no projeto original", argumenta, referindo-se à não-conclusão das obras do Sistema de Contenção contra as Cheias, realizada pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), extinto pelo governo Collor em 1990.

Comitê de acompanhamento

Nesta semana, o governo municipal deve iniciar a criação do comitê responsável por dar andamento às propostas da Carta de São Leopoldo e reforçar a cobrança de recursos aos governos federal e do Estado. "Uma parte da Carta já está cadastrada, como a parte dos diques, da infraestrutura… agora falta esse comitê para forçar a liberação dos recursos", diz Vanazzi.

Diagnóstico da reconstrução

Durante a apresentação, se expôs os projetos que estão em andamento e o que está sendo planejado pela Prefeitura para a reconstrução da cidade.

Habitação: Dentre eles estão a solicitação de R$ 20 mil ao governo federal para cada uma das cerca de oito a 10 mil famílias que necessitam fazer reformas e recursos para construção de três mil novas casas. O município solicitou, ainda, R$ 500 milhões para a construção dos projetos de infraestrutura das 1.500 casas da Steigleder, Justo, Cerquinha, Mauá e Manteiga e 1.500 casas na Caibaté.

Economia: Neste setor, se apresentou a necessidade de ampliação de recursos de crédito solidário pelo Pronampe para empresas, o investimento de mais recursos no Supera São Léo para ampliar o acesso a mais empreendedores.

Infraestrutura: Nesta área, a solicitação foi de aproximadamente R$ 20 milhões para a retomada do Pavimenta São Léo, com obras de calçamento e pavimentação asfáltica, para garantir a recuperação da estrutura viária danificada.

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