SÃO LEOPOLDO
Prefeitura e IPH acompanham trabalho de recomposição do Sistema de Proteção de Cheias
Comitiva fez vistoria para avaliar situação dos diques e Casas de Bombas na João Corrêa e Santos Dumont
Última atualização: 11/06/2024 18:29
Na manhã desta terça-feira (11), o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, acompanhou, junto a uma comitiva do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os trabalhos de recomposição do dique e da Casa de Bombas do Arroio João Corrêa e do Sistema de Proteção da Vila Brás, bairro Santos Dumont. A vistoria teve como objetivo avaliar a situação dos diques e das Casas de Bombas e planejar soluções de enfrentamento às enchentes.
Em vídeo postado nas suas redes sociais, Vanazzi falou sobre a obra de repactuação que estava sendo feita nesta terça-feira, no dique junto ao Arroio Gauchinho – que rompeu na madrugada de 4 de maio. “Nós botamos as pedras para a construção do dique emergencial [obra concluída em 16 de maio] e, agora, estamos fazendo o dique original, pra poder dar segurança necessária à população da região”, comentou.
Estudo
A prefeitura firmou uma parceria com o Instituto, em reunião no dia 4 de junho, tendo como meta a construção de um convênio para viabilizar o auxílio à reconstrução dos Sistemas de Proteção de Cheias da cidade. Vanazzi avaliou com entusiasmo a colaboração do IPH. “O Instituto já realizou um estudo extraordinário referente a Bacia do Rio dos Sinos, já estamos a todo vapor para nos próximos 30 ou 40 dias entregarmos os dados para o governo federal e iniciar um grande processo de reconstrução desses sistemas, que irão nortear nosso trabalho nos próximos anos”, disse o prefeito.
Agir rapidamente
O doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do IPH, Fernando Dornelles, relembra de uma das primeiras dissertações defendidas pelo Instituto, em 1970, que analisa a situação econômica do Sistema de Proteção de Cheias de São Leopoldo da época e avalia as soluções para o presente.
“O conhecimento acumulado através dos estudos no Instituto é de extrema importância, muita coisa foi produzida ao longo dos anos, e viemos trazer nossa experiência e conhecimento para auxiliar nesse período. Temos prazos curtos e precisamos agir rapidamente e, com certeza, se tem a previsão de mais chuvas vindo por aí. Mas com a nossa ajuda, iremos construir um sistema capaz de dar conta dos eventos climáticos que estão por vir”.
“Eles conhecem como ninguém a cidade”
Antonio Geske, diretor do Sistema de Proteção de Cheias da Secretaria do Meio Ambiente de São Leopoldo (Semmam), reforça a importância da participação do Instituto na reconstrução dos diques. “O IPH é a história dos diques de São Leopoldo. Eles fizeram o estudo de viabilidade econômica dos diques da região metropolitana, fizeram uma maquete e um modelo reduzido do Rio dos Sinos para conhecer as características do rio e fizeram o plano de drenagem urbana. Então, eles conhecem como ninguém a cidade de São Leopoldo do ponto de vista hídrico e hidrológico”, ponderou Geske.
Entre as autoridades que acompanharam a vistoria, estavam os representantes do IPH, Mauricio Dai Prá e Cesar Alberto Ruver, o diretor-geral do Semae, Maurício Miorim, e técnicos da autarquia, o diretor de Obras do município, Paulo Kumer, o superintendente de Urbanismo, João Henrique Dias, o coordenador técnico da Defesa Civil de São Leopoldo, Fabiano Camargo, o assessor especial do Gabinete, Nelson Spolaor, e vereadores.