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SISTEMA DE CONTENÇÃO CONTRA CHEIAS

Prefeitura de São Leopoldo nega que obra sua teria danificado dique de Novo Hamburgo

Resposta é referente à afirmação de que o desmoronamento da estrutura teria sido parcialmente causada por ação da prefeitura de São Leopoldo

Publicado em: 08/08/2024 às 19h:14 Última atualização: 08/08/2024 às 19h:23
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O desmoronamento da estrutura do dique na altura da Travessa Vera Cruz, no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, tem causado preocupação na comunidade devido à piora na erosão com a chuva dessa semana.

Questionada, a prefeitura de Novo Hamburgo alegou que parte do problema teria sido causada pela prefeitura de São Leopoldo, em razão do trânsito de veículos pesados sobre a crista do dique para o conserto da parte solapada do dique leopoldense, ignorando alertas da prefeita Fátima Daudt e do Instituto Militar de Engenharia (IME). 

Desmoronamento da estrutura do dique deixa moradores com medo em Novo Hamburgo: "Tive até pesadelos essa noite"



Desmoronamento da estrutura do dique deixa moradores com medo em Novo Hamburgo: “Tive até pesadelos essa noite”

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

A prefeitura hamburguense alegou, ainda, que a prefeitura de São Leopoldo teria colocado rachões (pedras) em vários pontos do dique – uma medida não recomendada pelo relatório do IME. Em réplica, a prefeitura de São Leopoldo questionou as afirmações.

Prefeitura de São Leopoldo nega danos

Em nota, respondendo a questão de que trabalhos seus com passagem de veículos sobre o dique teriam afetado a estrutura, a Prefeitura de São Leopoldo diz que realizou as intervenções de urgência e necessárias na recomposição do dique no bairro Santos Dumont/Vila Brás, com acesso pelo caminho de serviço no dique de Novo Hamburgo, por meio de compromisso firmado perante o Ministério Público (MP), e que somente foi possível fazer o reparo por interferência do MP, uma vez que, em um primeiro momento, houve a negativa da Prefeitura de Novo Hamburgo de permitir o acesso ao dique do bairro Santos Dumont/ Vila Brás para a execução dos serviços em sua estrutura.

Prefeitura leopoldense trabalho no conserto do dique do Arroio Gauchinho, na Vila Brás



Prefeitura leopoldense trabalho no conserto do dique do Arroio Gauchinho, na Vila Brás

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

Segundo a Prefeitura lepoldense, antes de fazer a recomposição do dique na Vila Brás/Santos Dumont, suas equipes de trabalho fizeram a manutenção em trechos comprometidos do dique em território hamburguense, com reforço de rachões (pedras) e colocação de argila, além da elevação da estrutura em pontos críticos.

Relação entre os governos

A Prefeitura leopoldense diz possuir laudos técnicos que atestam que não houve danos na estrutura do dique em Novo Hamburgo. Ainda durante o período crítico da enchente, São Leopoldo colocou duas bombas móveis, cada uma com capacidade de 3.300 litros por segundo, para fazer a drenagem das águas, tanto do bairro leopoldense Santos Dumont, como no bairro hamburguense Santo Afonso, e acelerar a retirada das águas da cheia do Sinos.

A Prefeitura de São Leopoldo informa ainda que, depois de concluída a primeira parte de recomposição do dique no bairro Santos Dumont/Vila Brás, trabalhou paralelamente na melhoria do caminho de serviço pela Avenida Mauá, em São Leopoldo, para facilitar o acesso e finalizar a estrutura, porque em um primeiro momento, não possuía acesso, pois estava em área submersa.

Segundo nota da Prefeitura, em nenhum momento o governo leopoldense se negou em buscar uma solução conjunta com o governo hamburguense a fim de construir um outro caminho de serviço que permitisse acesso aos territórios.

“Naquele momento, a questão era de urgência e se fazia necessária o acesso para reparação do dique, drenagem das águas nos territórios lindeiros, e assim evitar uma tragédia maior”, conclui a nota emitida pela Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo.

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