Internado desde a segunda-feira (18) na ala psiquiátrica do Hospital Centenário, o paciente Eroni Vicente de Lima encontra-se desaparecido desde a quarta-feira (20). Vestindo um tênis preto, calça jeans azul e uma camiseta cinza com um símbolo redondo, ele teria abandonado seu leito durante a madrugada, afirmando que iria ao banheiro. No entanto, desde então, não foi mais encontrado.
De acordo com os familiares, Eroni não possuía telefone, sofria de depressão e havia tentado tirar a própria vida no dia 14. Sua esposa, Zenilda Severo de Lima, havia deixado o Hospital no final da tarde de terça-feira (19) para buscar a medicação do paciente. Ao retornar no dia seguinte, foi informada pela equipe do hospital que ele havia fugido. Preocupada com o quadro depressivo de seu marido, que depende dos medicamentos, Zenilda registrou o desaparecimento de Eroni no mesmo dia, na 3ª Delegacia de Polícia Regional.
Durante a denúncia, ela ainda informou que ele dizia querer ir embora para Sapucaia do Sul, mas ninguém sabia o motivo, já que ele não tem amigos ou familiares no município.
Seu filho, Dionatan Severo, procurou a equipe do Jornal VS para noticiar o desaparecimento. O leopoldense reclamou, ainda, do atendimento do local. “Minha mãe estava junto com ele no dia da internação e chegou a pedir para trazê-lo para casa, pois estavam jogados lá, sem previsão de atendimento, mas disseram que cuidariam dele e que ele não fugiria”, denuncia. “Mas quando retornamos, eles não sabiam de nada, disseram que não tinha ninguém com esse nome lá e que a responsabilidade era nossa. Que era para nós nos virarmos”, continua.
O que diz o Hospital
Procurado pela reportagem, o Hospital Centenário, através da assessoria de imprensa, alegou que a família foi informada do desaparecimento de Eroni “tão logo percebeu-se a ausência dele no leito”. Ainda segundo a comunicação, “conforme a evolução médica, ele estava confuso e sem acompanhante no momento da fuga”.
Questionada sobre a presença de seguranças no local para monitoramento dos pacientes, a equipe afirmou que “havia seguranças no local, no entanto, via de regra, o hospital não pode manter recluso um paciente contra a sua vontade”.
Quanto ao horário em que a evasão de Eroni foi identificada pela equipe hospitalar, a assessoria afirmou que não era possível divulgar a informação. “A informação do horário exato encontra-se no prontuário do paciente, documento de foro íntimo”, justificou.
LEIA TAMBÉM