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Ospa homenageia bicentenário da imigração alemã em São Leopoldo

Apresentação ocorreu no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus

Publicado em: 11/10/2024 às 15h:03 Última atualização: 11/10/2024 às 17h:05
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Um concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) fez homenagem ao Bicentenário da Imigração Alemã na noite desta quinta-feira (10), em São Leopoldo. O evento, que ocorreria no dia 3 de maio, precisou ser adiado devido à enchente histórica que se iniciou justamente naquela semana. A nova apresentação foi realizada no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus.

Concerto da Ospa no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus, em São Leopoldo



Concerto da Ospa no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus, em São Leopoldo

Foto: Amanda Krohn/Especial

A orquestra, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), realizou o concerto em parceria com a Prefeitura de São Leopoldo. Com repertório repleto de grandes nomes germânicos da música erudita, como Bach, Beethoven e Brahms, o evento teve regência do maestro Evandro Matté e participação do cantor lírico argentino Matías Herrera como solista convidado.

A participação integra a Série Interior dentro da Temporada Artística 2024 da Ospa, que promove concertos por todo o Estado há mais de 70 anos.

A força do bicentenário

O presidente do Comitê Oficial do Bicentenário da Imigração Alemã, Rafael Gessinger, destaca o simbolismo trazido pela orquestra após as enchentes que atingiram o Estado.

“O concerto de São Leopoldo, em maio, seria a abertura do ciclo de concertos em homenagem ao Bicentenário. Aí veio a catástrofe, veio a enchente, que alteraram profundamente a perspectiva”, lembra. “Mas a música tem essa característica de ser uma superação, a música é vida interior, nos convida a ter esperança, então o simbolismo reside ali: é a prova de uma resiliência germânica e gaúcha”, continua.

Veja também: Artista comemora 15 anos da criação de icônico quadro de Padre Reus

Gessinger ressalta que as celebrações seguem até o dia 31 de dezembro. “O ano ainda tem mais dois meses de bicentenário e nós consideramos que está sendo vivido com muito orgulho.”

Evento ganha significado ainda maior depois das inundações

Para o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Fabricio Peruchin (pasta à qual pertence o comitê das comemorações do Bicentenário), o evento ganhou um significado ainda maior após as inundações que acometeram o Estado. “Justamente em maio, sofremos o maior desastre climático da nossa história e agora estamos aqui, com o peito acalentado e o coração aquecido, primeiro porque conseguimos já fazer uma grande superação, depois desse momento trágico de maio, e depois conseguimos fazer uma grande comemoração para esse povo alemão que tanto contribuiu e contribui para que tenhamos nosso Estado forte como ele é.”

“Nos concertos, me sinto parte da música”, diz morador de São Leopoldo

O engenheiro de software Carlos Paiva, de 35 anos, mora no bairro Cristo Rei e vê a música erudita como uma poderosa ferramenta para aumentar o foco no trabalho. “Eu, como programador, uso para me concentrar. Eu passo muito tempo no código, então preciso de um som que não tenha letras de música e que me convoque a um ato de introspecção. Essa ajuda, para mim, é primordial.”

Fora do trabalho, a música, para Carlos, é mais do que uma ferramenta: é um sentimento. “Nos concertos eu me sinto parte da música. Parece que a vibração do instrumento, a melodia, me convida a fazer parte daquilo”, comenta. “Dependendo do momento, da música, a sensação pode ser diferente. Com um Vivaldi, consigo sentir algo mais leve, é como caminhar em nuvens”, completa.

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