As primeiras ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Steigleder já estão em andamento na cidade. Selecionado em maio deste ano pelo Ministério das Cidades, na modalidade Periferia Viva – Urbanização de Favelas, o PAC prevê investimento de mais de R$ 149 milhões – a fundo perdido, via governo federal – em diversas intervenções no bairro Santos Dumont, Região Nordeste de São Leopoldo.
Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial
O projeto será dividido em fases, contemplando toda a sua realização técnica, construção das obras de macrodrenagem, reassentamento das famílias em áreas de alagamento, urbanização e regularização fundiária da área, além de aportes para a realização de projetos sociais com os moradores da comunidade para enfrentamento da vulnerabilidade espacial e social.
Uma parte do recurso total já foi liberado e, atualmente, segundo a prefeitura, está sendo usada na construção de galeria pluvial de 130 metros de extensão entre as ruas Sarandi e Caneleiras, além das obras de calçamento (pavs) na Rua Décio Freitas, antiga rua 31.
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Qualificar
Secretário-geral de Governo de São Leopoldo, Nelson Spolaor ressaltou que o PAC Steigleder é um projeto que foi apresentado ao governo federal, selecionado e já assinado, ou seja, autorizado para ocorrer. “Ele compreende um empreendimento habitacional, com 241 unidades habitacionais, e toda a infraestrutura de ruas, rede de esgoto pluvial e cloacal, água, energia e pavimentação. Tem como objetivo justamente qualificarmos a questão habitacional que sempre vimos na Ocupação Steigleder”.
Ações previstas no projeto e complementares para a região
Spolaor lembrou que, entre as ações previstas no PAC Steigleder, estão a construção de galerias em valo existente no bairro Santos Dumont, além de uma bacia de amortecimento, com o objetivo de manter um espaço de manutenção da água, impedindo que ela transborde, em caso de grandes volumes.
“Além destas ações, dentro do PAC, serão feitos praticamente 20 quilômetros de pavimentação com macrodrenagem, pelas ruas da Steigleder e também da Coohap, no que chamamos de macroárea da Steigleder”, destacou o secretário.
Spolaor recordou ainda que outras ações anunciadas para a Região Nordeste complementam o PAC, como o projeto Minha Casa Minha Vida – Entidades, com mais 96 unidades a serem construídas na Ocupação Steigleder e outras 250 para moradores da Ocupação Mauá, ambos também já aprovados. “Com mais essas duas intervenções de políticas habitacionais, nós vamos integrar toda aquela área ao processo de desenvolvimento da cidade, dando mais qualidade de vida para as pessoas”.
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Reuniões para acompanhar andamento
De acordo com o secretário, reuniões são feitas com a Caixa, Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) e as secretarias envolvidas nos trabalhos, ao menos duas vezes por mês. “Como temos múltiplas secretarias atuando, fizemos um processo de monitoramento das ações a cada 15 dias, para poder acompanhar a evolução etapa a etapa, como forma de gestão”. A última reunião aconteceu na semana passada.
Spolaor também garantiu que a atual gestão trabalhará para concluir ou encaminhar tudo o que for possível até o final do ano. “Vamos dar continuidade até o último dia, para deixar os projetos da cidade bem encaminhados e manter o compromisso que temos com a nossa comunidade”, conclui.
Segundo Spolaor, do total projetado para o PAC Steigleder, uma primeira parcela, de cerca de R$ 6 milhões, já foi liberada para o início dos trabalhos, que tem como prioridade atual a infraestrutura para evitar alagamentos. Não há um prazo definido para a conclusão das obras do projeto, mas quando ele foi confirmado, o prefeito Ary Vanazzi estimou até 4 anos de obras.
Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial
“Mudança profunda”
Fora as melhorias previstas no PAC e as ações habitacionais para Steigleder e Mauá, Spolaor lembra que, para a mesma região, há um projeto separado de construção da Casa de Bombas do Arroio Gauchinho, com investimento previsto de R$ 69 milhões via governo federal. Com essas obras, a Região Nordeste do município deve passar por “transformação”, segundo ele. “Será uma mudança profunda de toda aquela região, porque se todos esses projetos forem executados, é pra ter uma outra qualidade de vida para aquela população”.
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