"DE EXTREMA IMPORTÂNCIA"
Obra do Semae na Rua Brasil deve ser finalizada e trânsito liberado após o carnaval
Autarquia vem executando intervenções na via desde setembro, devido à obra de grande complexidade, que tem o objetivo de transpor o esgoto cloacal do Centro para a ETE Vicentina; entenda o que está sendo feito
Última atualização: 06/02/2024 11:03
Devem ser concluídas na próxima semana as intervenções feitas na Rua Brasil dentro da obra da nova rede subterrânea, que tem como objetivo transpor o esgoto cloacal do Centro de São Leopoldo para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vicentina. A obra, de grande complexidade, está sendo executada pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) e teve início em 15 de setembro passado.
Por conta do serviço, há bloqueio no trânsito da via, desde a esquina da Rua São Francisco até a Avenida Getúlio Vargas, a lateral da BR-116. A extensão dos trabalhos e os problemas que vêm causando, como erosão em calçadas, têm preocupado moradores locais.
Próximos passos
Porém, a parte que cabe ao Centro da cidade parece estar mais perto de ser finalizada. Conforme o Semae, a partir desta segunda-feira (5), será executado o "puxamento" da tubulação da Rua Brasil e, após, também da Rua São João. A partir do dia 12 de fevereiro, será feito reaterro das valas da via e, então, a liberação para o trânsito de veículos.
Depois de terminado o trecho, a autarquia destaca que o foco estará voltado para a continuidade da intervenção no bairro São Miguel. A previsão é que toda a obra seja finalizada até o fim de março.
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Rede deteriorada e traçado difícil
Por meio de texto, o Semae detalhou a obra da nova rede subterrânea, destacando que ela é um importante avanço para a região, tendo em vista a defasagem estrutural da rede anterior e o avanço populacional do local. Entretanto, pondera que ela vem enfrentando “desafios significativos para a sua conclusão”, que tem como principal problema o seu traçado, construído antes da duplicação da BR-116.
“A rede antiga, responsável pelo encaminhamento do esgoto cloacal da região central da cidade, para a Estação de Recalque de Esgoto (ERE), localizada no bairro São Miguel, e posteriormente à ETE Vicentina, encontra-se extremamente deteriorada, de acordo com relatório técnico sobre a execução da obra. Passados mais de 50 anos da sua instalação, a rede, que é constituída de tubos cerâmicos de 500mm, apresenta, além da deterioração pelo tempo de uso, como principal problema o seu traçado, que, em sua maioria, está dentro dos limites da BR-116, dificultando ainda as ações de manutenção”, explicou a autarquia em nota, falando sobre a necessidade do serviço.
Por onde passa a obra
O Semae também explicou que a obra consiste na instalação de uma rede subterrânea de esgoto cloacal, utilizando como material o Polietileno de Alta Densidade (PEAD), pelo método não destrutivo. “Não fosse esse recurso tecnológico, uma grande vala de quase um quilômetro seria cavada, causando a paralisação por tempo indeterminado da BR-116 e ainda mais transtornos de trânsito em toda a região”, pontuou o texto.
Ao todo, serão implantados 840 metros de extensão de rede de 500mm e mais 60 metros de rede no diâmetro 710mm. O trecho da nova rede inicia na Rua Dom João Becker, nas proximidades do Marco Zero da Rota Romântica, passando pelas ruas São João, Brasil, atravessando a BR-116, chegando até a Rua Santo Agostinho, já no bairro São Miguel.
“De extrema importância”
Sobre a extensão da obra, a autarquia esclareceu que a previsão inicial de conclusão foi alterada diante de sua complexidade, especialmente no cruzamento da Rua Brasil com a Rua São João. “A profundidade da instalação, a perfuração acidental de uma rede de gás, que paralisou o cronograma até seu restabelecimento, as consequências dessa paralisação, aliadas às condições climáticas, alongaram a conclusão do trabalho nesse ponto específico”, informou o Semae, destacando que todos os danos causados nesta intersecção, como calçadas, serão refeitos pela própria autarquia.
De acordo com o superintendente de Serviços Técnicos, Ronan de Jesus, a obra encontra-se em execução, enfrentando desafios que resultaram em uma extensão de prazo justificável. “Todo o esgotamento sanitário da região central depende da conclusão e início da operação dessa nova rede. É de extrema importância para São Leopoldo.”
A obra tem investimento total de R$ 3,5 milhões, via recursos próprios do Semae.