RECEIO DE ACIDENTES
Obra de macrodrenagem preocupa moradores no Centro de São Leopoldo
Intervenção vem sendo feita na Rua Brasil, na esquina com a via lateral da BR-116; Semae destaca que a obra é complexa e medidas já foram tomadas
Última atualização: 22/12/2023 17:03
Uma das obras de macrodrenagem que está sendo executada no Centro de São Leopoldo tem deixado moradores próximos preocupados. Há cerca de dois meses, a Rua Brasil vem recebendo intervenções para melhorias na rede de esgoto, o que vem bloqueando o trânsito em alguns trechos e deixando buracos abertos.
É justamente o tamanho de um desses buracos e a erosão em volta dele que está inquietando. Responsável pela obra, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), porém, explica que a obra é complexa e que todas as medidas foram tomadas para minimizar os riscos.
Erosão
O principal ponto observado por moradores fica na esquina Rua Brasil com a Avenida Getúlio Vargas, a via lateral da BR-116. Lá, o buraco aberto para obra de transposição do esgoto do Centro para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vicentina parece estar aumentando de tamanho, com a erosão já atingindo as calçadas do local.
O autônomo Rafael de Oliveira, que trabalha próximo do ponto, mostra receio com possíveis acidentes no local. Ele cita que a erosão já está atingindo a calçada, chegando também perto da pista lateral da rodovia, e que as equipes da empresa terceirizada que executa os serviços entraram de recesso neste fim de ano. O receio de Oliveira é que o buraco aumente ainda mais em caso de fortes chuvas nesse período e sem o isolamento adequado para conter desmoronamentos. “Isso vai piorar devido à trepidação da BR-116. São muitos veículos passando todos os dias, entre eles caminhões pesados. Corre o risco de algum deles até cair por conta da erosão e ocorrer um acidente grave”.
O que diz o Semae
Procurado pela reportagem, o Semae, por meio do assessor técnico de Engenharia, Ronan de Jesus, explicou que, por orientação da autarquia, a empresa terceirizada fez os escoramentos das valas abertas e também o reaterro das mesmas, para evitar o aumento das erosões. “Esta é uma obra complexa, que envolve escavação em grande profundidade, onde não pode ser executado pelo método não destrutivo”, disse.
“As medidas cabíveis foram tomadas para minimizar os riscos. Eu, como engenheiro do Semae e a frente do contrato, estou monitorando diariamente a situação do local. Caso seja necessário, a empresa estará de sobreaviso e poderá ser chamada a qualquer momento”, afirmou Ronan, confirmando que a empresa encerrou os serviços nesta sexta-feira (22) e os retomará no dia 2 de janeiro. “Devido ao grande fluxo de máquinas e o barulho da obra, foi acordado entre a empresa e o Semae pelo recesso para esta semana de Natal e Ano Novo”.
O engenheiro também informou que a obra segue dentro do cronograma, e que as calçadas danificadas serão reconstruídas após a finalização do serviço. O prazo para concluir a execução da tubulação na parte central é para a primeira quinzena de fevereiro de 2024.