Antirracismo na praça
Novembro Negro de São Leopoldo inicia neste domingo na Praça da Biblioteca
Programação visa combater o racismo e conta com diversas atrações culturais
Última atualização: 19/11/2023 18:52
A programação do Novembro Negro de São Leopoldo começou neste domingo (20), na Praça 20 de Setembro, conhecida como a Praça da Biblioteca. O evento ocorre das 11h às 22h e conta com praça de alimentação e a Expo Black, além de diversas atrações culturais e musicais. Neste ano, o tema é "São Leopoldo sem Racismo: Olhar para Trás para Ressignificar o Presente e Construir o Futuro".
As ações iniciariam no sábado (18), mas a previsão de chuva fez com que as ações do que seria o primeiro dia fossem adiadas para a segunda-feira (20). A realização é do Departamento de Igualdade Racial e do Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial, ambos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu).
Cultura negra em destaque na programação
No domingo, as atrações incluíram as apresentações do grupo de dança "Nossas Raízes", que em dado momento, convidou o público a participar da coreografia. Entre outros destaques, estavam o Coral Xangô da Mara Virgem, o Pagode do Biro, a apresentação da Escola de Samba Império do Sol, um tributo a Tim Maia feito pelo artista Neno Paz e um show do músico Dhema.
Uma luta diária
Para a titular da Seshu, Nadir Teresinha de Jesus, o dia 20 é primordial para a luta antirracista. "Novembro é um mês muito importante, pois homenageia o nosso grande líder Zumbi dos Palmares, que foi assassinado no dia 20 de novembro de 1695, e também pelo criador da data, o professor Oliveira Silveira", destaca. "Também é um mês de muitas reflexões e debates, mas para nossa luta, o mês de novembro acontece o ano todo", completa.
Nadir menciona ainda o trabalho mantido pela secretaria na defesa dos direitos das pessoas negras. "Recebemos mensalmente denúncias referentes ao crime em escolas e empresas, e temos o fluxo de receber as pessoas aqui na Sedhu", relata. "Nisso, fazemos o acolhimento, vamos até o local onde o crime ocorreu, sugerimos sempre fazer o B.O, além de promover debates e oficinas nos locais onde já aconteceu o crime de racismo", continua.