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CATÁSTROFE NO RS

Nível do Rio dos Sinos segue em declínio e chega a 5,33 metros em São Leopoldo

Segundo sistema, rio vem baixando 1,5 centímetro por hora; diversos bairros, como Santos Dumont e Rio dos Sinos, seguem inundados na cidade

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Publicado em: 20/05/2024 às 12h:17 Última atualização: 20/05/2024 às 12h:18
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O nível do Rio dos Sinos segue em declínio, ainda que lento, em São Leopoldo. Pelo Sistema da ANA/CRPM, às 11h15 desta segunda-feira (20), a régua apontava que o rio está com 5,33 metros de altura na cidade, baixando 1,5 centímetro por hora. Nas últimas 24 horas, conforme o sistema, baixou 37 cm. Segundo a prefeitura leopoldense, o Rio dos Sinos na cidade atingiu a marca de 8,20 metros, na madrugada de 4 de maio de 2024, extravasando o muro do dique e causando consequentes danos ao sistema de contenção de cheias.

Apesar da redução do nível do rio, ainda há inundações em diversos bairros leopoldenses, como Rio dos Sinos, Santos Dumont, São Miguel, Vicentina e Campina.

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Avenida Mauá, cruzando os bairros Rio dos Sinos e Santos Dumont, sob a elevada do trem, segue alagada nesta segunda-feira (20)



Avenida Mauá, cruzando os bairros Rio dos Sinos e Santos Dumont, sob a elevada do trem, segue alagada nesta segunda-feira (20)

Foto: Divulgação

Bombas anfíbias

Bombas anfíbias começaram a ser instaladas em áreas alagadas para drenar a água dos bairros: duas já estão funcionando no bairro Campina e uma está sendo instalada junto à Casa de Bombas da Avenida João Corrêa, na Vicentina. Esta última deve entrar em funcionamento na tarde desta segunda-feira (20), segundo o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae). Outra bomba já está posicionada na Vila Brás e deve começar a funcionar nesta terça-feira (21).

As bombas anfíbias estão sendo produzidas pela empresa leopoldense Higra. Elas têm motor elétrico de 300cv, do tipo submerso, que é acionado por meio de gerador. O Semae adquiriu as bombas de forma emergencial, num sistema de força-tarefa, pela equipe Higra e da autarquia.

14 mil pessoas em abrigos

De acordo com a Secretaria de Assistência Social (SAS) de São Leopoldo, com o cadastro dos abrigos finalizados e os dados cruzados e conferidos, o número de desabrigados que estão acolhidos em 109 abrigos, montados no município e fora dele, é de 14.089 atualmente.

Segundo a prefeitura, mais de 180 mil pessoas foram impactadas direta ou indiretamente pela histórica enchente. Mais de 100 mil pessoas ainda estão desalojadas devido aos alagamentos nos seguintes bairros e comunidades: Vicentina, Paim, São Miguel, Campina, Scharlau, Jardim Fênix, Rio dos Sinos, Santos Dumont, Vila Brás, Vila Brasília, Jardim Viaduto, Vila Glória, Pinheiro, Independência, São Geraldo e Madezzati.

Informações sobre desabrigados

Um canal foi criado exclusivamente para informações de pessoas acolhidas nos abrigos leopoldenses, pelo número (51) 99650-8145, que atende por mensagem de whatsapp. Este serviço já ajudou a localizar mais de 69 pessoas e conectá-los com seus familiares, conforme a prefeitura.

Previsão do tempo

A instabilidade que castiga o Rio Grande do Sul desde o dia 27 de abril e deu uma pequena trégua nos últimos três dias, vai retornar ao Estado. Conforme a Metsul Meteorologia, parte das regiões podem ter marcas perto ou acima de 100 milímetros de chuvas.

Os volumes devem ficar mais altos no Sul, que enfrenta a enchente da Lagoa dos Patos e na região metropolitana, que continua sob dificuldades e diversas áreas alagadas. A tendência é de um novo repique na cheia do Lago Guaíba, mesmo que de forma temporária.

Apesar dos prognósticos, a semana começa com tempo aberto em boa parte do Estado. Já na terça-feira (21) a instabilidade se intensifica e há possibilidade de chuva forte. O tempo muda completamente na quarta-feira (22), principalmente na região de Porto Alegre, onde as máximas podem atingir 30°C.

Já na quinta-feira (23), a frente fria, associada a um centro de baixa pressão, avança sobre o Centro e Norte do Estado. Os meteorologistas não descartam temporais isolados nestas regiões específicas.

 

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