Após coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (22), na sede do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) na Zona Sul, no bairro Jardim América, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, confessou que ainda não foi à sua residência, no bairro Campina.
O imóvel na Campina foi um dos 34 mil atingidos pela enchente no município, conforme estimativa da Prefeitura leopoldense. Por conta da drenagem emergencial com bombas anfíbias na região, algumas áreas já estão secas na cidade e, por isso, Vanazzi estima que nesta sexta-feira (24) possa voltar à casa pela primeira vez após o início da enchente e verificar as perdas.
“Só vi foto. Não tive coragem de ir lá. A água foi até o telhado, não sobrou nada”, lamentou, lembrando tudo o que ele e a família perderam, como móveis, eletrodomésticos, roupas e materiais escolares dos filhos, por exemplo. “Minha filha deixou as coisas dela no armário. Ela tirou um pouco das roupas, mas todas as coisas da escola ela perdeu. Está muito emotiva”, comentou. “O único tênis que eu tenho estou usando há duas semanas”, complementou.
No entendimento do prefeito, porém, é a perda de materiais e lembranças cultivadas durante toda a vida que mais o emocionam. “O pior é minha biblioteca. Livros históricos que eu ganhei, famosos. Livros bons, de pesquisa. Todas as minhas coisas, fotos de quando eu era jovem”, disse ele, que é historiador de formação. “Tua vida fica uma página em branco”, lastimou Vanazzi.
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