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REFERÊNCIA

Museu Histórico Visconde de São Leopoldo completa 65 anos nesta sexta-feira

Instituição mantém grande acervo sobre a imigração alemã na região e a história de São Leopoldo

Priscila Carvalho
Publicado em: 20/09/2024 às 16h:01 Última atualização: 20/09/2024 às 16h:01
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A data conhecida por celebrar o Dia do Gaúcho e que marcou o início da Revolução Farroupilha no Estado (guerra que durou de 1835 a 1845), também é muito especial para o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL). É neste 20 de setembro que o local completa mais um aniversário. Fundada em 1959, a instituição nasceu na intenção de salvar do esquecimento e da perda, objetos, livros, cartas, jornais, documentos e outros elementos, como ele mesmo define.

Museu Histórico Visconde de São Leopoldo fica na Avenida Dom João Becker, 900



Museu Histórico Visconde de São Leopoldo fica na Avenida Dom João Becker, 900

Foto: Paulo Pires/GES

Completando 65 anos nesta sexta-feira, o Museu Histórico tornou-se referência no que tange a história da imigração e colonização alemãs na região, trazendo a origem da então Colônia de São Leopoldo, de onde mais tarde, surgiram diversos municípios.

Instituição comunitária

O MHVSL é uma instituição privada, sem fins lucrativos, sendo mantido por uma rede de amigos e mantenedores que, com trabalho voluntário e apoio financeiro, permitem ao museu seguir na sua permanente missão de preservar e divulgar a história às novas gerações.

Presidente do Museu, Cássio Tagliari destacou a sua relevância para a região. “O Museu é a instituição que se propõe a preservar, pesquisar e divulgar a nossa história. Isso é fundamental para a perpetuação da nossa identidade e senso de pertencimento às próximas gerações”.

Desafios

Severamente atingido pela enchente de maio, Tagliari entende que além da atual fase de recuperação de itens do acervo, o museu tem ainda projetos para o futuro. “Os desafios para os próximos anos são conseguir ampliar a sede e aumentar a quantidade de mantenedores, já que os atuais estão ficando velhos. Atrair mais cidadãos para assumirem seus deveres com a comunidade”, pontuou.

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Visita

Médico psiquiatria em São Leopoldo, José Carlos Eggers foi um dos cidadãos que adotou o museu.
Ele conta que sua relação com o local começou com uma visita à Casa do Imigrante, no bairro Feitoria – onde ficaram abrigadas as primeiras famílias de imigrantes alemães, que vieram para o Sul do Brasil. “Por ocasião desta visita, constatei que a casa necessitava de mais cuidados e reparos, sendo que então me voluntariei para este trabalho”. Foi aí que iniciou uma relação que já dura 28 anos com a instituição, 12 deles, inclusive, na função de presidente da entidade.

Identidade

Hoje integrante da diretoria, Eggers destaca que a importância do MHVSL é gigantesca e fundamental para nossa região e nossa cidade. “Pois nele estão guardados milhares de documentos, fotografias, livros e objetos que ajudam a contar nossos 200 anos de história. Sem essas coleções juntadas nestes 65 anos, por várias gerações de historiadores, memorialistas ou simplesmente pessoas da comunidade, também apoiadas por empresários e o poder público, já que estamos tratando de uma entidade privada ,sem fins lucrativos , não seria possível ao MHVSL ser o guardião de toda essa história”, destacou. “Como dizia o professor Telmo Lauro Müller, um dos nossos fundadores: ‘povo sem memória não tem história’, ao que eu acrescentaria ‘nem identidade’”, completou.

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Grande acervo sobre a imigração alemã pode ser visto no MHVSL



Grande acervo sobre a imigração alemã pode ser visto no MHVSL

Foto: Paulo Pires/GES

Saiba mais

O acervo do MHVSL é composto por cerca de 10 mil objetos, 25 mil livros, 85 mil fotos, 9 mil periódicos e 12 mil documentos únicos e raros sobre a imigração alemã e história de São Leopoldo. A exposição permanente apresenta uma seleção do acervo. Mostras itinerantes contam sobre diversos temas e curiosidades. O Museu fica na Av. Dom João Becker, 491. O local funciona de terça-feira a sábado, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30.

Campanha para restauro de peças atingidas pela enchente continua

Localizado no Centro de São Leopoldo, a estrutura foi severamente atingida pela enchente de maio e ainda luta para recuperar diversos itens afetados pelas águas. Para tanto, voluntários unem esforços na limpeza e organização das peças, e uma campanha foi lançada a fim de ajudar nos custos das restaurações. Por meio da iniciativa Adote um Objeto do MHVSL, interessados em ajudar, sejam pessoas físicas, empresas ou instituições, podem contribuir com a doação de R$ 100 por meio de transferências via PIX. A chave é o CNPJ 96.760.418/0001-76.

Até o momento, segundo Tagliari, 13 objetos foram adotados, tendo valor total já arrecadado, outros cinco tiveram adoção parcial e mais 3 objetos restam pendentes, à espera de recursos para serem recuperados.

Para adotar um objeto histórico atingido pela enchente, saber mais informações, ser sócio mantenedor ou colaborar de alguma forma com o museu, interessados podem entrar em contato pelo telefone (51) 3592 4557, e-mail: museuhiostoricosl@museuhistoricosl.com.br ou pelas redes sociais (Facebook e Instagram @museu_mhvsl). 

 

 

 

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