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SÃO LEOPOLDO

Morre paciente que sofreu AVC e levou horas para ser atendido pelo Samu

Ademir dos Santos da Silva, de 49 anos, teve outro AVC na madrugada de sábado. Ele era o único sustento da família

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Publicado em: 08/10/2023 às 16h:55 Última atualização: 18/10/2023 às 21h:00
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Faleceu na tarde deste domingo (8) o paciente com sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e levou mais de 4 horas para ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O metalúrgico Ademir dos Santos da Silva, de 49 anos, foi vítima de outro AVC na madrugada de sábado (7), quando a morte cerebral foi constatada. Por volta das 15h30 de hoje, os batimentos cardíacos também cessaram e a morte foi confirmada. 

Ademir dos Santos da Silva sofreu um AVC e levou mais de 4 horas para ser atendido pelo Samu



Ademir dos Santos da Silva sofreu um AVC e levou mais de 4 horas para ser atendido pelo Samu

Foto: Arquivo pessoal

Ele deixa a esposa, a dona de casa Beatriz Braescher, 51, os filhos, Jéssica Andriele Braescher Silva, 18, e Nicole Braescher Silva, 16, além do filho de outro casamento, Anderson Silva, de 26 anos. Ele também deixou os enteados Diego Braescher, de 33 anos, e Jennifer Braescher, de 27 anos.

Como Ademir era a única fonte de sustento da casa, Beatriz organizou uma vaquinha no intuito de suprir os custos do lar. Agora, o dinheiro arrecadado será revertido para o funeral, que será na segunda-feira (9), às 11h, no Cemitério Evangélico Luterano da Lomba Grande.

Falecido queria ser doador de órgãos

Segundo a cunhada, Ivanise Braescher, 48, Ademir tinha o desejo de ser doador de órgãos. “Ele dizia que podia doar tudo, mas como os órgãos foram prejudicados, essa possibilidade foi descartada pela equipe médica”, lamentou.

O caso

Por volta das 16 horas do dia 25 de setembro, Ademir foi socorrido por colegas de trabalho que o levaram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau. No local, ele foi atendido por uma equipe médica, mas precisava ser transferido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital. Porém, a ambulância só chegou depois das 20h da noite.

Na data, Beatriz, que o acompanhava, alegou que o atendimento da UPA e da Fundação Hospital Centenário (FHC) foram exemplares. “Já estavam prontos quando chegamos”, contou, referindo-se ao hospital. Porém, ela queixou-se do descaso do atendimento do Samu, que afirmaram que o quadro de Ademir dava a ele prioridade nos atendimentos. “Quatro horas e meia esperando e ele é prioridade?”, chegou a questionar Beatriz.

Em caso de AVC, agilidade no socorro é crucial

Em caso de suspeita de AVC, as orientações são pedir para a vítima sorrir, verificar se consegue levantar os braços e tentar conversar. Se ao sorrir houver alguma assimetria, pode ser sinal de paralisia facial, característica de AVC.

Outros sintomas são dificuldades na fala, perda de força no braço, dor de cabeça extrema, tontura ou perda de equilíbrio e sonolência excessiva ou falta de reação.

Se confirmada a suspeita, é preciso obter socorro imediato nas unidades de emergência. Em casos de AVC hemorrágico, os índices de letalidade e sequelas graves são ainda maiores.

*As informações são do Ministério da Saúde

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