2 DE ABRIL
Momento para reforçar a conscientização sobre o autismo
Em Sapucaia do Sul, Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo será lembrado com caminhada neste domingo
Última atualização: 29/02/2024 08:20
Maria Margarete Schumann, de São Leopoldo, trabalhava na zona rural. Na roça, como ela mesma se refere. Mas um novo momento iniciou quando seu neto Victor Schumann da Silva, hoje com 20 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 2 anos. "Ele começou a reduzir a fala e apresentar sinais de não sociabilização, ignorando brincadeiras, não respondia aos chamados, o olhar dele foi se modificando. Na época, eu era leiga, não entendia bem o que se passava", conta ela, enfatizando a importância de datas como a de domingo, 2 de abril: Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo.
Ela decidiu, na infância de Victor, retomar os estudos para entender o autismo e auxiliar o neto. "Tive a ideia de voltar a estudar pra auxiliar meu neto. Sentia que ele precisava e que eu precisava. Fiz EJA, vestibular, cursei Pedagogia e fiz pós-graduação. Um processo de vida junto com meu neto, que é autista severo não verbal."
E dentro das ações, que envolvem o Programa TEAcolhe em relação a Lei Estadual n° 15.322/2019 - que instituiu a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo no âmbito do Rio Grande do Sul -, há atividades na região e capital programadas com ênfase no TEA.
Caminhada
Em Sapucaia do Sul ocorre a 3ª Caminhada de Conscientização do Autismo, neste domingo, às 15h30, com saída da Associação Estrela Azul, na Rua Manoel Serafim, 1.360, em direção à Praça Central General Freitas.
Para quem desejar, é possível ainda encomendar sua camiseta do evento pelo número (51) 98022-2702.
Formação
Já em Porto Alegre, o Instituto e Clínica Horizontes está preparando, para os dias 18 e 19 de agosto, com inscrições abertas na rede social da instituição, a Jornada Litoral entre Psicanálises e Neurociências: pesquisas e clínica, tendo como convidada a psicanalista francesa Marie-Christine Laznik, especialista em autismo.
Para Ana Lúcia Eggers, diretora administrativa, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Leopoldo, atividades para ampliar o conhecimento sobre TEA e mobilizar a sociedade são sempre essenciais e exigem empenho constante. Nessa jornada de atenção há ainda a Associação Mantenedora Pandorga, que tem como objetivo qualificar a intervenção e buscar a efetivação dos direitos das pessoas com transtorno do espectro do autismo.
Interação social e inclusão no horizonte
Em São Leopoldo, vários de nossos beneficiários estudam na rede regular de ensino, frequentando a Apae no contraturno. E tantos nossos alunos, quanto pacientes e usuários, com TEA, têm participado efetivamente das atividades ofertadas no Município, fato este, que denota uma preocupação em efetivar a garantia de direitos." Ela explica que ao ingressar na Apae todos passam por equipe multidisciplinar. "A partir das avaliações de caso é traçado o plano terapêutico e setor para atendimento necessário."