RECOMEÇO

Mais de 600 moradores do bairro Santos Dumont recebem doações da Cufa

Entidade está, há mais de 40 dias, prestando apoio às vítimas da cheia histórica no RS

Publicado em: 19/06/2024 20:50
Última atualização: 20/06/2024 14:38

Mais de 600 vítimas da cheia histórica moradoras da Chácara dos Leões, no bairro Santos Dumont, foram beneficiadas pela distribuição de donativos da Central Única das Favelas (Cufa) RS na terça-feira (18). Entre os itens estavam produtos de limpeza e conjuntos de panelas doados pelas empresas Ypê e Arno, além de mais de 300 colchões.

30 voluntários atuaram na entrega de mais de 1.600 itens Foto: Divulgação/Cufa

De acordo com o coordenador da Cufa São Leopoldo, Pablo Dalavera, 30 voluntários atuaram na entrega de mais de 1.600 itens. "Como morador de São Leopoldo, é gratificante fazer parte da vida dessas pessoas dentro de um movimento social organizado, levando dignidade e estimulando que as pessoas continuem tendo esperança e buscando seus direitos", comenta.

Ainda conforme Pablo, a Cufa RS vem atuando há mais de 40 dias no apoio às vítimas da inundação, atendendo 92 municípios e recebendo um total de 9 mil toneladas de doações do país e do mundo. "Todos esses movimentos e colaborações têm sido, fundamentais para a realização das entregas, chegando diretamente às mãos dos moradores dos territórios mais atingidos", afirma. "Nesses mais de 40 dias, conseguimos atender todos os 11 bairros impactados pelas enchentes na nossa cidade. A sensação é única, porque pertencemos a todas essas periferias e é nosso dever cuidar delas também", continua.

Recomeço

O pintor Joecel Santos, de 46 anos, mora no bairro Santos Dumont há 10 anos. "Aqui em casa é aqueles apêzinhos de dois pisos. Na parte de baixo nós perdemos tudo, só não subiu (água) no segundo piso. Mas nós perdemos sofá, geladeira, fogão, cozinha, pia, TV...", conta. "Já vi outras inundações, mas alagou só a rua, nunca entrou dentro de casa", segue.

Na ação, Santos aproveitou para recuperar alguns itens de forma emergencial. "Consegui pegar um colchão de solteiro, um cobertor e um travesseiro", disse. Mesmo com o valor de R$ 5,1 mil do Auxílio Reconstrução, o pintor ainda precisa de ações como essa para recomeçar. “Consegui só arrumar a casa, que estragou a porta, estragou janela, comprei uma pia, comprei um estrado de uma cama… ‘tamo se virando’, porque tem que comer, tem que beber… tem que pagar conta, que agora não tem serviço...”, desabafa.

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