Em uma ação inspirada em festas juninas, o Arraial da Adoção foi realizado na sexta-feira (28) e sábado (29) com o objetivo de encontrar um novo lar para os quase 400 animais de estimação resgatados da cheia histórica em São Leopoldo.
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Arraial da adoção de animais no abrigo do Big São Leopoldo
Foto:
Amanda Krohn/Especial -
Arraial da adoção de animais no abrigo do Big São Leopoldo
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Arraial da adoção de animais no abrigo do Big São Leopoldo – Tom
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Arraial da adoção de animais no abrigo do Big São Leopoldo
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A atividade, realizada no Abrigo Municipal do antigo Big/Carrefour, contou com diversas atrações para a comunidade que passasse por lá em busca de um amigo peludo, entre elas, a “barraca do lambeijo” e uma mesa de comes e bebes juninos.
No total, segundo a secretária de Proteção Animal (Sempa) do município, Thais Calvi Arend, 43 animais conseguiram um novo lar na iniciativa.
Amor à primeira lambida
A eletrotécnica Cátia Gomes, de 44 anos, não sabe se adotou ou se foi adotada pelo vira-lata Tom, de aproximadamente 2 anos. Enquanto passava pelo corredor, ela se aproximou do cão, que rapidamente agarrou seu braço pedindo por carinho. “Acho que foi ele que me adotou”, brincou.
Acompanhada de seu marido, o administrador Francisco Gomes, 46, Cátia busca um amiguinho para fazer companhia à sua cadelinha, Zoe, e às duas gatinhas. “Tanto eu como meu marido sempre tivemos cachorrinho, desde criança. Eles dão muita alegria no dia a dia para a gente e tem tantos cachorrinhos precisando…”, disse.
Segundo Cátia, ela já está acostumada a salvar animaizinhos abandonados. “Não faz um ano que a gente tem a Zoe, abandonaram ela lá na frente de casa e ela entrou no nosso pátio”, relatou.
Depois da perda
O operador de cromo e bombeiro, Pedro Henrique Cambará da Silva, de 20 anos, perdeu seu cachorro Trovão, de 5 anos, ao atuar nos resgates no começo das enchentes. Ele compareceu no abrigo acompanhado de sua namorada, Miriam Taís Silva Laura, de 21.
“Eu estava fazendo os resgates, o cachorro nós deixamos na escola, resgatamos primeiro as pessoas. Tinha pessoas lá cuidando deles, mas depois destinaram para vários locais de acolhimento dos cachorros”, contou. “Esse já é o terceiro em que vamos e não encontramos. Talvez ele já tenha sido adotado, então decidimos adotar”, continuou.
Cuidados após a adoção
Médica veterinária e titular da Sempa, Thais Arend cita que o adotante deve tomar alguns cuidados com o animal, que estará traumatizado após ter vivenciado o período de inundação. “Os animaizinhos que passaram pelas cheias podem levar até um ano e meio para se acostumar com um novo lar. Principalmente, porque estão com trauma de água, de barulho e de locais com luz acesa por muito tempo”, explica.
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“É importante que se tenha paciência para que essa adaptação seja feita gradativamente. Se a família tiver outros animais, tem que aproximar aos poucos, sempre tranquilamente, monitorando a situação”, completa.