LIMPEZA

Mais de 266 mil toneladas de resíduos pós-cheias já foram recolhidas em São Leopoldo

Prefeitura projeta coletar entulhos mais volumosos até o fim do mês e iniciar nova etapa da força-tarefa em julho; saiba mais e confira orientações para o descarte de extradomiciliares

Publicado em: 27/06/2024 13:21
Última atualização: 27/06/2024 13:33

Até o fim desta terça-feira (25), 266.400 toneladas de resíduos pós-cheias já foram coletados das ruas de São Leopoldo, segundo a prefeitura. Por dia, a média de volume recolhido chega a cerca de 6.300 toneladas atualmente – para se ter uma ideia, antes da enchente de maio, a média era de 2 mil toneladas de resíduos tirados das ruas por mês.

O número total já é bem maior do que a estimativa inicial da Secretaria Municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), feita em maio, de 200 mil toneladas de entulhos recolhidos.

Segundo prefeitura, 266 mil toneladas de entulhos pós-cheias já foram recolhidas em São Leopoldo Foto: Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

Final do mês

A meta da força-tarefa é terminar de retirar todos os resíduos volumosos das ruas até o final do mês de junho, para depois, passar novamente nos locais a fim de uma limpeza mais intensiva. “Começamos a trabalhar no recolhimento dos entulhos no dia 8 de maio. No dia 24 de junho, concluímos praticamente toda a região do bairro Campina. Nossa meta é, até o dia 30, realizar o recolhimento de todos os entulhos da cidade, então, estamos muito avançados nesse quesito”, afirmou o titular da Semurb, Sandro Della Mea Lima.

Conforme o secretário, neste momento, a prioridade da limpeza são locais que as equipes ainda não atuaram. A partir de julho, será realizado o recolhimento dos resíduos remanescentes. “Após ser atendido todas as regiões atingidas da cidade será feito a limpeza novamente das ruas até serem recolhidos todos os resíduos atingidos pela enchente. Muitas famílias ainda nem retornaram para as suas casas, então sabemos que teremos que voltar novamente a lugares que já passamos”, disse.

90 dias

Segundo a prefeitura, a Semurb e a Secretaria de Obras e Viação (Semov) contam com 26 equipes trabalhando pela cidade, com cerca de mil funcionários, 200 caminhões e 300 máquinas. A Força-Tarefa conta com o auxílio de empresas terceirizadas.

“Estamos com quase mil funcionários trabalhando incansavelmente, e a partir desse esforço coletivo é que conseguimos agilizar esse processo de limpeza. Temos como objetivo, voltar à normalidade dos nossos serviços nos próximos 90 dias e nós estamos fazendo isso com muita agilidade e com muita responsabilidade”, ressaltou o prefeito Ary Vanazzi.

Para onde vão os resíduos?

De acordo com a Semurb, hoje, todos os resíduos estão sendo enviados ao aterro de Resíduos Sólidos de Construção Civil (RSCC) do município, localizado no Arroio da Manteiga e autorizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semmam) e para um aterro em Gravataí.

Ainda há pontos de descarte transitórios na cidade, que servem para organizar a logística da limpeza nos bairros.

O que está sendo recolhido

A Semurb também destacou que, referente aos resíduos descartados nas ruas, as equipes de limpeza estão recolhendo os móveis que foram afetados pelas enchentes. Poda de árvores que não são originárias dessa situação, por exemplo, não são coletadas das vias. “Inclusive para realizar a poda ou corte de árvore é necessário a autorização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) e os resíduos desta ação devem ser encaminhados aos ecopontos da cidade”, lembrou Sandro.

Restos de comida continuam sendo recolhidos pela coleta de resíduos domiciliares, através do caminhão de lixo. Já os remédios que estiveram expostos a água contaminada devem ser levados até a farmácia, pois, de acordo com a política nacional de resíduos sólidos existe a logística reversa, onde os estabelecimentos comerciais, como as farmácias, têm a obrigação de destinar corretamente esses resíduos, visto que os remédios representam riscos ao meio ambiente.

Orientações para o descarte de extradomiciliares:

- Cuide para não descartar os móveis e materiais em frente de bocas de lobos, para não obstruir a passagem da água;

- Descarte os resíduos longe de lixeiras, grades e muros para evitar danificações ao patrimônio e facilitar o acesso das máquinas no recolhimento;

- Evite pilhas muito altas ou muito perto de postes ou fios, pois o manejo pode ser perigoso devido aos riscos elétricos;

- De preferência, disponha montes de resíduos perto uns dos outros, para facilitar o recolhimento;

- E, principalmente: evite a circulação de pedestres e veículos nas ruas onde as equipes estão trabalhando, para garantir a segurança de todos os moradores e trabalhadores.

 

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