TRAGÉDIA NO RS

Inundação no centro de São Leopoldo começa a escoar

Com a volta do funcionamento da Casa de Bombas da Rodoviária, água escoa e comunidade inicia a faxina

Publicado em: 10/05/2024 16:15
Última atualização: 10/05/2024 16:23

Com a volta do funcionamento da Casa de Bombas da Rodoviária, a inundação no centro de São Leopoldo começou a escoar durante esta sexta-feira (10). Assim como disse o prefeito Ary Vanazzi nesta quinta-feira (9), começou a funcionar com dois dos quatro motores, após consertos feitos por equipes do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae). A estimativa era que a Casa de Bombas do Ginásio também voltasse a funcionar e boa parte da água escoasse até meio-dia de hoje (sexta, 10).

inundacoes no centro de São Leopoldo durante a tragédia no RS - Élio LuizAmanda Krohn/Especial
inundacoes no centro de São Leopoldo durante a tragédia no RS - Jéferson Luis RibeiroAmanda Krohn/Especial
inundacoes no centro de São Leopoldo durante a tragédia no RS - Jéferson Luis RibeiroAmanda Krohn/Especial
Comunidade deixa móveis na rua nesta sexta (10) enquanto faz a faxinaAmanda Krohn/Especial
Rua Brasil ainda tinha pontos inundados nesta sexta-feira (10)Amanda Krohn/Especial
Na esquina da Rua Brasil com a Saldanha da Gama e Bento Gonçalves, inundações escoam, mas deixam rastro de destruição nesta sexta-feira (10)Amanda Krohn/Especial
inundacoes no centro de São Leopoldo durante a tragédia no RSAmanda Krohn/Especial

Dessa forma, os moradores e comerciantes da localidade já começam a atuar na recuperação de danos - tanto materiais, como emocionais. Jéferson Luis Ribeiro tem 39 anos e é dono de um estabelecimento próximo à esquina da Rua Oswaldo Aranha com a Primeiro de Março. "Não sei quantos itens eu perdi, mas em dinheiro, acredito que o prejuízo seja em torno de R$ 50 mil", relata. "Vou precisar de no mínimo cinco meses para recuperar os estoques e depois mais um ano para pagamentos e fornecedores", prossegue.

Com desânimo, Jéferson desabafou sobre as perdas causadas pela tragédia. "O primeiro sentimento é de tristeza, que tu vê tudo o que tu batalhou dia a dia para construir, aí chega e vê o estado da loja, com água até o peito", lamenta. "No sábado a gente não conseguia nem abrir de tanta tristeza, junto com desespero, mas aí a gente olha para o lado e vê que tem gente que perdeu tudo", finaliza.

O comerciante aposentado Élio Pisone tem 78 anos e não teve seu apartamento afetado, mas sente-se abalado pela tragédia. "Fiquei ilhado por uma semana, mas não perdi nada. Só me afetou um pouco o psicológico. Senti muita tristeza por poder fazer tão pouco por tanta gente que precisa", desabafou, com a voz embargada e lágrimas nos olhos.

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