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Hospital Centenário promove blitz para incentivar doação de órgãos

Ação em frente à Escola Visconde ocorreu nesta quarta-feira (6)

Publicado em: 06/09/2023 20:21
Última atualização: 18/10/2023 18:31

 A Fundação Hospital Centenário realizou a 3ª edição da Blitz da Doação de Órgãos nesta quarta-feira (6). A equipe do hospital distribuiu, em frente à E.E.E.M Visconde de São Leopoldo, materiais informativos sobre como funciona a doação. A ação também consistiu em explicar à comunidade sobre o tema, incentivando o ato de solidariedade.

Maria Luiza aproveitou o momento para aprender o que deve fazer para se cadastrar como doadora de órgãos Foto: Amanda Krohn/Especial

O presidente da entidade, Nestor Pedro Schwertner, esteve presente e citou o papel conscientizador que a atividade tem. “Se torna muito mais fácil quando os familiares do doador já tiveram essa conversa e sabem que acontece essa blitz”, afirma. “Então várias pessoas dizem que já viram no jornal, na rádio, o que facilita muito para nós que trabalhamos na captação”, continua.

De acordo com a Diretora Técnica de Enfermagem e presidente da Comissão de Captação de Órgãos da Fundação, Fernanda Estrella, em 2022, 12 pacientes manifestaram interesse em virar doadores e, em 2023, esse número já chega a 7. Desses, seis famílias autorizaram a doação.

Solidariedade

A metalúrgica aposentada Maria Luiza Monteiro Dorneles, de 65 anos e moradora do bairro Monte Blanco ainda não é doadora, mas defende a solidariedade. “É muito importante deixarmos nossos órgãos para que outras pessoas possam ter vida.”

O guarda municipal O guarda municipal Pedro Gimenez, por sua vez, é doador há cinco anos. "Eu entendo que após a nossa morte a gente também pode contribuir com as pessoas que precisam", defende. Gimenez, que tem 37 anos e mora no bairro Feitoria, finaliza incentivando que outras pessoas doem também. "Pense que pode estar salvando uma vida, que pode ser um parente, algum amigo próximo", argumenta. "E, claro, buscando sempre fazer o bem mesmo após a passagem", conclui.

Pedro Gimenez já se registrou como doador há cinco anos Foto: Amanda Krohn/Especial

Hospital realiza captações há dez anos

Conforme Fernanda Estrella, o Hospital atua na captação de doadores há dez anos e passou a fazer isso efetivamente há oito. A profissional explica que esse trabalho facilita a vida de quem deseja registrar-se como doador. "Antigamente, os pacientes que eram potenciais doadores tinham que ir até para Porto Alegre e depois a família tinha que pagar esse translado todo", relembra Fernanda.

Um doador salva oito pacientes

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, um doador pode salvar até oito pacientes. Ainda conforme o Registro, a negativa familiar de pacientes equivalia a 44% das não doações até junho de 2022. No mesmo período, haviam 1.638 doadores efetivos no Brasil, o que possibilitou 3.677 transplantes de órgãos sólidos, como rim, pulmão e coração. Porém, o número de potenciais doadores era de 6.335.
Além da recusa de familiares, os principais fatores para o impedimento de um transplante são contraindicação médica, a parada cardíaca e a morte encefálica não confirmada do candidato a doador. Para doar, é preciso que o falecimento tenha sido cerebral, pois é a única forma em que os órgãos permaneçam intactos por um tempo para viabilizar o transplante.

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