Uma confusão registrada na madrugada da última quinta-feira (30) no abrigo montado no Centro de Eventos, em São Leopoldo, evidenciou o trabalho de prevenção e de manutenção da ordem que tem sido desenvolvido nestes espaços na cidade. O caso ocorrido no feriado de Corpus Christi foi registrado em vídeo e compartilhado em grupos nas redes sociais.
Foto: Divulgação
Entre as pessoas que estavam no local, algumas alegam ter havido abuso de autoridade e de uso da força por parte de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) e de soldados da Brigada Militar que atenderam a ocorrência, o que é negado pelas corporações.
Segundo boletim de ocorrência, teria acontecido uma briga generalizada envolvendo abrigados com sinais de embriaguez. Um casal teria desacatado os agentes da GCM. No documento consta que a mulher teria tentado agredir uma agente. A Brigada Militar foi acionada para dar apoio no atendimento da ocorrência e precisou fazer uso de spray de gás lacrimogêneo e algemas para conter a confusão.
De acordo com o comandante da GCM, José Carlos Pedrozo, a segurança no local é feita 24 horas por dia, com a presença de, pelo menos, sete agentes da GCM e viaturas. “Às vezes, temos mais efetivo envolvido”, comenta. Segundo ele, neste último mês já houve nos abrigos da cidade, prisões por desacato, ameaça e importunação sexual. “A maior parte das ocorrências são de desinteligência e necessitam de mediação de conflito. Mas há casos de ameaça, importunação de toda ordem, mas nada mais grave”, garante.
Segundo Pedrozo, em alguns casos, as pessoas envolvidas nas ocorrências precisam ser transferidas de abrigos. As transferências são feitas pela Secretaria de Assistência Social e a GCM auxilia no transporte dos abrigados.
“É muito difícil. É uma situação inusitada. A GCM faz um trabalho preventivo visando garantir a paz por meio de mediação de conflito. A transferência de pessoas geradoras de conflito tem se mostrado eficaz. Imaginamos que este processo de abrigo vai perdurar um tempo e nossas ações estão sendo planejadas diariamente, dada a complexidade da situação. O apoio entre as forças de segurança tem sido fundamental”, diz.