Antes da cheia histórica que assolou o Rio Grande do Sul em maio desse ano, o fisiculturista Jonathan Lauermann vivia um momento importante em sua vida. O profissional conquistou o primeiro lugar em uma prova para estreantes no fisiculturismo.
Foto: Arquivo pessoal/Jonathann Lauermann
Aos 28 anos e morador do bairro Arroio da Manteiga, Lauermann trabalha como barbeiro no bairro Rio dos Sinos nas horas vagas para garantir a renda que lhe permite seguir a rígida rotina de treinos e alimentação.
“Perdemos tudo”
O leopoldense havia gasto todas as suas economias para participar da competição em Porto Alegre e estava pronto para recuperá-las com seu trabalho na barbearia, quando o estabelecimento ficou submerso durante a enchente de maio. “Perdemos tudo”, diz Jonathan.
Com isso, o equipamento dele, que ficava guardado na barbearia, também foi perdido. “Todo barbeiro que entra para trabalhar em uma barbearia deve possuir maquinário próprio, como máquinas, tesouras e outros aparatos.”
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Segundo Jonathan Lauermann, o prejuízo com os materiais foi de aproximadamente R$ 3,5 mil. “Fazia três meses que eu havia investido em ferramentas novas, foi triste quando caiu a ficha”, lamenta. “Quanto à competição, prefiro não dizer quanto foi, mas foi caro. Fisiculturismo em si é um esporte caro”, acrescenta.
A academia em que ele treinava também ficou submersa durante a cheia, fazendo com que o fisiculturista precisasse treinar em Portão. “Mas eu ia de moto e levava apenas dez minutos para chegar nessa outra unidade”, afirma.
Foto: Acervo Pessoal/Jonathan Lauermann
Recuperação
Após as inundações, a academia foi recuperada, assim como a barbearia, que passou a ter duas unidades. Durante o mês de maio e parte do mês de junho, Jonathan não teve como atender seus clientes. “O que sobrou deu apenas para pagar as contas do mês de maio, então tive que correr, fazer uma renda, me puxar daqui, me puxar dali, pra conseguir manter as coisas em dia.”
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Durante esse período, sua rotina de cuidados como atleta também sofreu alterações. Normalmente
ele treinava, no mínimo, cinco vezes por semana, comia de três em três horas e utilizava a suplementação alimentar nos momentos em que não conseguisse fazer uma refeição no horário correto. “Mantive a prioridade na alimentação. A suplementação deixei de lado.”
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