OUTUBRO ROSA

Fila para mamografias está sempre zerada em São Leopoldo, conforme Secretaria de Saúde

"Não há demanda que já não esteja agendada", afirma a titular da pasta, Paula Silva

Publicado em: 22/10/2024 15:06
Última atualização: 22/10/2024 15:22

"Não há demanda de mamografia que já não esteja agendada". É o que diz a titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsad), Paula Silva, a respeito das filas para o exame, que, segundo ela, estão sempre zeradas. A secretária afirma que os exames estão sendo realizados dentro de um mês após o agendamento.

"Além do agendamento realizado pelos profissionais da rede, há outra facilidade criada também por meio do serviço do Zap da Saúde, que fornece o encaminhamento e as mulheres se dirigem diretamente até o local para o agendamento", explica a secretária.

Exames de mamografia são realizados no Centro Médico Capilé, no Centro de São Leopoldo Foto: Divulgação

De acordo com Paula Silva, o Zap da Saúde ainda "realiza a busca ativa de mulheres que utilizaram o serviço, informando sobre precauções e ofertando atendimento de TeleSaúde e possibilidades de consultas", através do trabalho de 45 servidores públicos e 35 operadores.

"A partir desta procura, as mulheres poderão conversar com uma equipe de enfermagem capacitada para acolher suas demandas, oferecer orientações e realizar encaminhamentos, como a solicitação de exames de mamografia e o agendamento de teleconsultas ou consultas presenciais voltadas à saúde da mulher, incluindo a coleta de exames preventivos para a detecção precoce de câncer", afirma Paula Silva.

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O Zap da Saúde atende pelo número de Whatsapp (51) 99557-8541, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Para ter acesso às consultas voltadas à saúde feminina, basta selecionar a opção "Outubro Rosa", após enviar a primeira mensagem ao telefone.

Há ainda a abertura de UBSs no sábado para atendimentos de saúde da mulher. Das 9h às 15h, as pacientes podem realizar solicitação de mamografia, coletas de citopatológico do colo do útero, testes rápidos de ISTs, entre outros.

Mamografia e autoexame é crucial para o diagnóstico precoce

A dona de casa Luciene Flores Stein, de 52 anos, mora no bairro Campestre e conta que a realização de mamografias de forma rotineira praticamente salvou a sua vida ao identificar o nódulo em 2018. "Foi o que fez a diferença no meu caso. Como a minha mama é muito densa, o nódulo era pequeno e eu não sentia dor, ele não era palpável, então não senti no autoexame", lembra.

Luciane ainda lembra o que sentiu quando descobriu o diagnóstico. "Fiquei sem chão. A impressão que dá é que o mundo vai acabar semana que vem", relata. "Eu tinha um filho com 19 anos, uma menina com 9 e o mais novo com 7. Eu disse pro meu médico: 'eu não posso ficar doente, tenho que cuidar dos meus filhos', daí ele me disse uma frase muito importante: 'você precisa estar bem para cuidar de alguém'. Esse ensinamento o câncer me trouxe: eu preciso me amar e me cuidar, olhar para dentro de mim", continua.

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A paciente ganhou alta do tratamento nesta semana, após um período de acompanhamento em remissão. Atualmente, ela participa de atividades da Associação da Rosa e se dedica também a um hobbie. "Eu me descobri ciclista depois disso, porque tive minhas amigas que me incentivaram a pedalar quando eu estava meio pra baixo, entrei num grupo de pedal e hoje eu pedalo", conta Luciene. "Tenho uma saúde boa e faço bastante atividade física porque acho isso importante para a auto estima e a saúde, temos que cuidar do corpo e da mente. Então faço academia, jogo vôlei, pedalo...", completa.

Maria da Graça da Rocha, por sua vez, sentiu o nódulo "por acaso", ao perceber uma sensação estranha nas mamas e realizar o autoexame pela primeira vez. "Identifiquei um nódulo e percebi que um mamilo estava invertido. Na época, ia fazer 10 meses que eu tinha feito uma mamografia e não tinha identificado nada", contou a dona de casa de 64 anos, dizendo que fazia exames com frequência. "Então fiz uma ecografia primeiro, que confirmou a existência do nódulo, e então fui encaminhada para um mastologista para começar o tratamento", conclui.

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Maria afirma que, quando foi diagnosticada, ela trabalhava como vendedora em uma farmácia. "Eu fazia meus exames, mas minha rotina era só ir do trabalho para casa. O câncer me ensinou a valorizar mais o momento e viver mais a vida. Hoje em dia eu amo a vida e amo viver", relata.

Para finalizar, a dona de casa dá um conselho às mulheres mais jovens. "Insista nos exames. Às vezes os médicos não acreditam que a pessoa possa ser câncer por ser jovem, mas a doença está aparecendo cada vez mais cedo", orienta.

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