Em comemoração ao mês da mulher, a primeira edição do Festival 8M entreteu a mulherada leopoldense na Praça da Biblioteca na tarde deste domingo (24). O evento, que inicialmente ocorreria no dia 8, Dia Internacional da Mulher, foi adiado devido à previsão de chuva para a data.
As atrações incluíram vendas de produtos alimentícios e artesanais da Economia Solidária e da 20ª Expo Black, comercialização de artesanato Kaigang, doação de mudas, turismo, brinquedos infláveis para crianças, ônibus da saúde e consultório de rua. Houve ainda atendimentos do Procon e da sala do empreendedor para MEI e microcrédito.
O evento começou com microfone aberto para entidades e organizações da sociedade civil, seguido pela apresentação da cantora gospel Mariana Oliveira. Além dela, apresentaram-se também as artistas Daii Nunes, Soraia Morais, Raquel Martins, Suelen Jung e o grupo Explosão da Dança.
Empoderamento feminino e conscientização contra o machismo
A vendedora do bairro Vicentina Karolaine Ariele Marques, de 26 anos, considera o evento fundamental não apenas para a sua renda mensal, mas também para o fomento à economia local. Junto à sua irmã, Agatha Vitória Marques, de 11 anos, ela vendeu doces e salgados em um dos estandes da Economia Solidária. “Aqui a gente consegue divulgar muito mais o nosso trabalho, ter um local para vender, as pessoas que vêm vão conhecendo e então você pode ir daqui para outros lugares”, disse. “Também vejo no evento como uma oportunidade de chamar a atenção para algo maior e ensinar o valor do respeito para as crianças que estão aqui e já estão crescendo”, acrescentou.
A artesã Janaína Leal, 56, do bairro Feitoria, vendeu seus produtos na ExpoBlack. “Trabalho como artesã há 25 anos e tenho orgulho de participar da exposição. Eu saio daqui e penso em tudo o que fiz, e fico muito feliz quando vejo uma criança valorizando a nossa cultura, brincando com bonecas negras”, afirmou.
A jornalista Débora Cristina Giehl, de 28 anos, mora atualmente em Novo Hamburgo, no bairro Santos Dumont, mas veio até São Leopoldo para prestigiar a atividade. “Eu passei a minha vida toda em São Leopoldo e sempre tive esse contato com movimentos populares e organizações. Acho que não se trata apenas de uma comemoração, mas de um movimento em torno da luta das mulheres”, comentou. “Esses movimentos são fundamentais para dar visibilidade para essas mulheres e para os trabalhos que estão sendo feitos, além de permitir que elas se conectem umas com as outras”, completou.
Presença da corte
A corte da São Leopoldo Fest também esteve presente no evento, representada pela Oma Amália Sauter e pela rainha Mariana Brandolt. Encantada, a Oma elogiou o Festival. “Tem muita gente e estou muito feliz. Sei o quanto a causa é importante e que bom que tem este evento.” Para a comemoração do bicentenário da Imigração Alemã, a Prefeitura de São Leopoldo escolhe uma nova corte. As inscrições permanecem abertas até o dia 7 de abril.
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