Uma fake news a respeito de três supostos corpos na esquina da Avenida João Corrêa com a Rua Jacy Porto foi disseminada durante a tarde desta sexta-feira (10). Porém, de acordo com a socorrista voluntária Bianca Costa, não apenas não havia corpos no local, como também a estrutura montada no lugar não tinha relação com o boato, e sim com outro transtorno a ser enfrentado pelas equipes de resgate: os curiosos.
“Nós começamos a fechar todas as ruas antes mesmo de essa fake news ser disseminada. Fizemos isso porque ali na BR-116 tá liberada, não tem mais água e pode passar, mas tem muita gente curiosa passando e atrapalhando nosso fluxo, atrapalhando nosso serviço. Foi por questão de logística”, explica Costa. “Foi também uma questão de segurança porque tem carros passando por tudo onde a gente tava, o pessoal tava atravessando no meio da nossa via”, continua.
Fake news interferem nos resgates
Bianca destaca que, embora não tenha sido este o caso, as fake news e trotes a respeito dos óbitos atrapalham nos resgates e tal problema motivou a equipe a modificar a metodologia de trabalho. “Entramos em um consenso de apenas eu acionar o IML porque apenas ontem chamaram três vezes o Samu aqui. Não precisava, não tinha nem paciente”, comenta. “A gente tem trote, o que mais tem é trote. Isso atrapalha bastante porque a ambulância tem que passar e ir resgatar. Ontem mesmo isso aconteceu, se deslocou uma ambulância básica, uma avançada, aí chegaram lá e ‘cadê o paciente?’. Às vezes podia ter outra pessoa precisando em outro lugar”, finaliza.
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