A rede de solidariedade formada para auxiliar os atingidos pelas inundações que acometeram São Leopoldo e todo o Estado não para de crescer. Durante esta semana, mais um local foi aberto para distribuir donativos para as vítimas da cheia histórica, dessa vez, localizado ao lado do Manhattan Bar & Bilhar, na Rua Independência, 1129.
Foto: Amanda Krohn/Especial
O organizador da iniciativa é o empresário Sandro Girardi, de 45 anos, no endereço cedido pelo seu amigo, o proprietário Antônio Carlos Rossi, de 67 anos, que contou que são mais de 500 atendimentos por dia desde o início da ação. Desde a segunda-feira (13), com o apoio de diversos voluntários, eles têm doado alimentos, cestas básicas, rações para animais e diversos outros itens necessários para o dia a dia. A partir desta sexta-feira (17), o local distribui também roupas, agasalhos e colchões com o objetivo de ajudar a comunidade a combater o frio, que vem se intensificando recentemente.
Girardi conta que as doações vieram de outro Estado. “Quem conseguiu foi a minha esposa, com o pessoal de Canarana, uma cidade de 20 mil habitantes do Mato Grosso. As carretas chegaram nessa semana”, disse. “Estamos organizando tudo da melhor forma possível e tentando filtrar para atender todo mundo. Não estamos fazendo cadastro, desenvolvemos o trabalho com base no diálogo e por ordem de chegada na fila”, completa.
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Espaço começou a doar roupas também nesta sexta-feira (17)
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Sandro e Antônio Carlos trabalham juntos na iniciativa
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Fila para doações chega perto da esquina
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A dona de casa Karen está entre as beneficiadas pela iniciativa
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Juliana também conseguiu pegar alguns itens
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Solidariedade que muda vidas
Uma das pessoas beneficiadas pela ação é a dona de casa Karen Dorcelina Thiel, de 58 anos, do bairro Vicentina. “Eu peguei uma calça pro meu esposo, um tênis para o meu sobrinho (ele me pediu) e uma japona para a minha neta. Aí eu consegui o colchão, nós estamos dormindo no chão, na casa da minha irmã, consegui um colchão hoje e roupa de cama”, conta. “Não deu para salvar nada, acho até que perdi a casa”, completou Karen, que caiu no choro assim que encerrou a entrevista e foi consolada pela jornalista. Ela relata também que saiu de casa com o marido e seus três cachorros, todos em idade adulta.
A dona de casa Juliana Oliveira da Costa tem 33 anos e também mora no bairro Vicentina. “Consegui pegar um tênis e três casacos para meus filhos, um deles para meu esposo”, afirma. Assim como Karen, Juliana também perdeu tudo com as enchentes. Abrigada no Bigornão, ela havia conseguido apenas roupas de verão até o momento. “Acho que vou levar pelo menos dois anos para recuperar tudo o que perdi na minha casa”, finaliza.
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