A elevação em meio metro do dique de terra do Sistema de Proteção contra Cheias na Vila Brás deve ser concluída até o fim deste mês de novembro, conforme a Prefeitura de São Leopoldo. Atualmente, máquinas e equipes trabalham na extensão de dois quilômetros da estrutura, que fica no bairro Santos Dumont.
A obra emergencial de elevação dos diques em 50 centímetros começou ainda em julho, pelo bairro Vicentina, onde o alteamento foi realizado primeiramente em um trecho de 1,5 quilômetro, da Casa de Bombas da João Corrêa em direção à BR-116. Depois, já em agosto, as equipes seguiram no bairro, mas atuaram no sentido do Parque do Trabalhador. De acordo com a prefeitura, somados esses dois primeiros trechos entregues, são 3,2 quilômetros de diques elevados em meio metro.
Agora, os trabalhos se concentram na Vila Brás, onde a recomposição da parte solapada junto à Casa de Bombas do bairro Santo Afonso foi concluída ainda em junho. Além disso, segundo a Superintendência de Comunicação (Scom) da Prefeitura de São Leopoldo, outra etapa em execução neste momento é o levantamento topográfico nos diques da Campina. “Mas não há previsão para concluir os trabalhos”, ponderou o órgão, em nota.
A Secretaria de Obras e Viação (Semov) coordena a execução do alteamento dos diques por meio de uma empresa terceirizada.
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Recurso emergencial oriundo do governo federal
Diretor do Sistema de Proteção de Cheias da Secretaria do Meio Ambiente de São Leopoldo (Semmam), Antonio Geske reforçou que os trabalhos na Brás provavelmente serão finalizados até o fim do mês e ressaltou a importância da obra em todos os trechos, junto com a recuperação das casas de bombas e da compra de bombas móveis. “A elevação dos diques está sendo feita como preocupação para o caso da situação (das enchentes) voltar de repente. Foi aplicada como meio emergencial e para dar mais segurança aos locais onde houve extravasamento do dique”.
As obras estão sendo feitas por meio de recurso emergencial, enviado pelo governo federal, sendo que, até o momento foram investidos R$ 6,7 milhões.
Bombas aptas a entrar em operação se necessário
Na primeira quinzena de setembro, outra ação para fortalecer o Sistema de Proteção contra Cheias foi iniciada, através do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae): o município começou a instalação de bombas anfíbias da empresa leopoldense Higra. No total, foram adquiridos quatro equipamentos, num investimento de cerca de R$ 10 milhões. Agora, todos, segunda a prefeitura, já estão instalados aptos a entrar em operação caso necessário.
Onde estão
As duas primeiras bombas foram instaladas no Arroio Gauchinho, na Vila Brás. Elas têm capacidade de 3.300 litros por segundo e devem ficar em um prédio com estrutura modular, que ainda vai ser construído no local.
A Scom informou que, conforme o escopo do contrato, o Semae está entrando com o projeto na RGE para solicitar a entrada de energia, e paralelo a isso, equipes estão confeccionando as galerias, de concreto pré-moldados, para então colocar as bombas dentro de um local adequado. “A estrutura vai ter grade e contenções laterais e posteriormente as bombas serão realocadas para dentro dela”, destacou a Scom. “Hoje, o Semae consegue ativar essas bombas por gerador. A empresa vencedora da licitação ficará responsável por fazer a entrada de energia”, acrescentou.
As outras duas bombas compradas foram alocadas no bairro Campina, também dentro da vala, para também, em caso de alguma necessidade, serem ligadas. “O Semae já está iniciando as medidas e a confecção das peças para instalar uma dessas bombas dentro da Casa de Bombas da Campina”, colocou, em nota, a Scom. A outra das bombas móveis que estão na Campina será instalada dentro da Casa de Bombas da João Corrêa. “Lembrando que essas bombas poderão ser retiradas e utilizadas no sistema móvel depois”, salientou a Superintendência.
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Ações do PAC Steigleder também já estão sendo realizadas
Também no bairro Santos Dumont, já foram iniciadas ações que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Steigleder, selecionado em maio deste ano pelo Ministério das Cidades, na modalidade Periferia Viva – Urbanização de Favelas. Atualmente, está em andamento a construção da galeria pluvial de 130 metros de extensão entre as ruas Sarandi e Caneleiras, além das obras de calçamento (pavs) na Rua Décio Freitas, antiga rua 31.
Com um investimento de mais de R$ 149 milhões, o PAC Steigleder será dividido em fases, contemplando toda a realização técnica do projeto, construção das obras de macrodrenagem, reassentamento das famílias em áreas de alagamento, urbanização e regularização fundiária da área, além de aportes para a realização de projetos sociais com os moradores da comunidade para enfrentamento da vulnerabilidade espacial e social.
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