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SÃO LEOPOLDO

Dois livros sobre o Bicentenário serão lançados na noite desta quarta-feira; saiba mais

Obras que destacam a história leopoldense e da Imigração Alemã na região serão apresentadas em evento na Sociedade Orpheu

Priscila Carvalho
Publicado em: 27/11/2024 às 12h:07 Última atualização: 27/11/2024 às 12h:08
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Mais um evento que marca os festejos pelo Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e 200 anos de São Leopoldo ocorre na noite desta quarta-feira (27), na Sociedade Orpheu, no Centro.

Na verdade, o espaço será palco de um marco cultural e histórico: o lançamento oficial dos livros comemorativos ao Bicentenário de São Leopoldo. O evento, que acontece a partir das 18h30, reunirá autoridades, autores, pesquisadores e convidados para celebrar os 200 anos.

Colônia Alemã de São Leopoldo: 200 Anos de História (1824–2024) – Um Almanaque



Colônia Alemã de São Leopoldo: 200 Anos de História (1824–2024) – Um Almanaque

Foto: Divulgação

São Leopoldo: Comemorações, Reflexões e Atualidades (1974-2024)



São Leopoldo: Comemorações, Reflexões e Atualidades (1974-2024)

Foto: Divulgação

Na oportunidade, serão apresentados dois títulos: Colônia Alemã de São Leopoldo: 200 Anos de História (1824–2024) – Um Almanaque; e São Leopoldo: Comemorações, Reflexões e Atualidades (1974–2024). Ambos são da Editora Oikos. Juntos, os livros têm quase mil páginas e a participação de mais de 50 autores. Entre eles estão historiadores, acadêmicos, ativistas sociais e figuras, como Martin Dreher, Leandro Karnal, Indiara Tainan Passos dos Santos e Miriam Steffen Vieira. O jornalista do Grupo Sinos Moacir Fritzen também é colaborador, assinando um capítulo.

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História

Os livros abordam os principais aspectos da história da imigração alemã, destacando os desafios, as conquistas e os legados deixados pelos imigrantes na região. Além disso, temas como identidade cultural, patrimônio histórico, diversidade étnica e religiosa, e o papel de São Leopoldo no cenário nacional e regional estão entre os pontos centrais das obras.

O evento é uma realização da Comissão Histórica do Bicentenário, em parceria com a Prefeitura de São Leopoldo, a Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult) e o Instituto Histórico de São Leopoldo. A atividade estava agendada para ocorrer em agosto, mas foi adiada na época por conta do período eleitoral.

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Municípios receberão exemplares

O historiador Martin Dreher assina a organização do almanaque junto com Erny Mügge. Já o outro título tem foco nos últimos 50 anos da comunidade leopoldense, e é organizado por Marluza Marques Harres e Renê Gertz.

Coordenador da Comissão Histórica do Bicentenário de São Leopoldo, Erny Mügge disse que a expectativa para o lançamento é bastante grande. “Eu e o professor (Martin) Dreher visitamos todos os municípios emancipados (que tiveram origem em São Leopoldo) nas últimas três semanas, levando um exemplar de cada e convidando todos os representantes para estarem presentes no lançamento”, disse.

Ele também destacou que foi sugerido que cada município recebesse exemplares das obras para destinar a suas redes de ensino. “Já devem estar circulando mais de mil exemplares”. Entre as cidades que já receberam os livros estão Dois Irmãos e Sapiranga.

Município de Sapiranga já recebeu exemplares dos livros; na foto, Erny, acompanhado da historiadora Doris Fernandes (D), entregando os exemplares para a prefeita, Carina Nath (de azul, ao lado de Erny), e a secretária de Educação, Cláudia Kichler



Município de Sapiranga já recebeu exemplares dos livros; na foto, Erny, acompanhado da historiadora Doris Fernandes (D), entregando os exemplares para a prefeita, Carina Nath (de azul, ao lado de Erny), e a secretária de Educação, Cláudia Kichler

Foto: Divulgação

“A história que vai ficar a partir do Bicentenário”

Mügge também destacou a abordagem dos livros. “São bem didáticos, e acho que o grande mérito, falando do Almanaque, é que ele aborda a história de São Leopoldo antes da chegada dos primeiros imigrantes alemães, porque aqui já tinham indígenas, negros escravizados. Acho que isso tudo temos que desmistificar um pouco, porque quando os imigrantes chegaram aqui não estava vazio, já existiam moradores”.

Para o coordenador, a importância das obras é enorme: “Os livros são a história que vai ficar a partir do Bicentenário”.

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Teor pedagógico e didático

O historiador Márcio Linck, coordenador de Patrimônio Histórico da Secult, é um dos membros da Comissão que contribuíram com o trabalho de elaboração dos livros. “É uma marca, uma obra de conhecimento, mas que tem todo simbolismo em relação a uma data que é singular, especial, que entra como um marco na história da cidade”, definiu, sobre o lançamento das obras.

Ele reforçou a importância de se contar a história da cidade, que deu origem a outros tantos municípios da região, destacando ainda o período dos últimos 50 anos. “É bem importante também essa história mais contemporânea. É algo mais recente na linha do tempo e que muitas vezes não se tem quase trabalhos, pesquisas desse período, porque vai envelhecendo e ficando para trás”.

O historiador também ressalta o teor pedagógico das obras. “É algo que serve de material didático tanto para o estudante dos mais variados níveis, quanto para o leigo ou mesmo aquele que se dedica a temática da história. Servem como fonte”.

Segundo Linck, por serem impressos com recursos públicos, os livros não devem estar disponíveis para venda.

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